Milícias cobram imposto imobiliário
Rio (AE) - As milícias do Rio de Janeiro passaram a cobrar taxas para transações imobiliárias dos moradores e a fazer agiotagem para a manutenção do poder econômico nas comunidades. A denúncia é do estudo A Evolução da Milícia no Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que traça um perfil dos grupos entre 2008 e 2011. De acordo com a pesquisa, as organizações se enfraqueceram e passaram a atuar de forma mais discreta para evitar investigações, mas continuam a intimidar moradores, fiscalizar condutas e impor violência e medo às comunidades.
Os milicianos cobrariam taxas entre 5% e 10% de toda transação imobiliária e, em alguns casos, chegariam a tomar a propriedade dos imóveis em retaliação ao comportamento dos moradores. "Milícia faz agiotagem, empresta dinheiro e cobra juros. Se tiver algum agiota, eles falam pro cara... Se o cara não obedecer, morre também. Tudo eles ameaçam de morte", disse um morador de Ramos, na zona norte, em depoimento aos pesquisadores
Para os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a tática é decorrente de uma desestruturação dos serviços explorados pelos criminosos, como vans e fornecimento de gás, que foram legalizados pelo poder público em algumas comunidades. "Os milicianos adequaram a forma de arrecadar dinheiro sem chamar atenção", afirma a pesquisadora Thais Duarte, que coordenou o estudo ao lado do sociólogo Ignácio Cano. Há três anos, os líderes eram vistos fortemente armados controlando o acesso às favelas.
Os milicianos cobrariam taxas entre 5% e 10% de toda transação imobiliária e, em alguns casos, chegariam a tomar a propriedade dos imóveis em retaliação ao comportamento dos moradores. "Milícia faz agiotagem, empresta dinheiro e cobra juros. Se tiver algum agiota, eles falam pro cara... Se o cara não obedecer, morre também. Tudo eles ameaçam de morte", disse um morador de Ramos, na zona norte, em depoimento aos pesquisadores
Para os pesquisadores responsáveis pelo estudo, a tática é decorrente de uma desestruturação dos serviços explorados pelos criminosos, como vans e fornecimento de gás, que foram legalizados pelo poder público em algumas comunidades. "Os milicianos adequaram a forma de arrecadar dinheiro sem chamar atenção", afirma a pesquisadora Thais Duarte, que coordenou o estudo ao lado do sociólogo Ignácio Cano. Há três anos, os líderes eram vistos fortemente armados controlando o acesso às favelas.
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