Banco Central decreta intervenção no BVA
Brasília (AE) - O Banco Central anunciou ontem a intervenção em mais um banco de pequeno porte, o BVA, com sede no Rio de Janeiro e voltado para o segmento de médias e pequenas empresas. É a quarta instituição bancária com dificuldades financeiras após a descoberta de fraudes no Panamericano, em 2010. Uma fiscalização mais detalhada no BVA este ano mostrou vários problemas na sua contabilidade.
Nos últimos dias, com o aumento dos saques por parte de clientes, o banco chegou a ficar com o patrimônio negativo de R$ 580 milhões, o que motivou a intervenção. A instituição também precisaria de outros R$ 680 milhões para elevar seu capital ao nível mínimo exigido pelo BC.
Embora ainda haja possibilidade de salvar o banco, fontes do governo e do setor privado avaliam que a instituição será liquidada em breve. Nesse caso, cerca de 30% dos depósitos serão ressarcidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instituição privada que garante até R$ 70 mil de cada cliente.
Entre os problemas detectados no BVA está a contabilização de receitas de forma incorreta, o que aumentava o capital da instituição. O banco também classificou empréstimos para clientes com alta probabilidade de inadimplência como crédito de risco menor, o que diminuía a exigência de provisões e capital. Esse mesmo problema já havia sido identificado recentemente em outros bancos.
Os problemas no banco já eram conhecidos pelo mercado. Reportagens publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" neste ano mostraram que o BC havia pedido à instituição que aumentasse seu capital e suas provisões contra calotes. No sábado, o jornal revelou que o BVA, que não apresentou balanço em 2012 e não efetivou uma capitalização prometida de R$ 300 milhões, poderia trocar seu comando.
As irregularidades detectadas até o momento podem levar a processos administrativos contra controladores e ex-administradores, que já estão com bens indisponíveis. Se o interventor encontrar indícios de crime, poderá ser encaminhada denúncia ao Ministério Público.
Na avaliação do governo, o problema do BVA é algo localizado e que não vai contaminar o sistema bancário. Desde o ano passado, foram encontrados problemas no Cruzeiro do Sul, Morada e Prosper, todos liquidados.
As dificuldades do banco são atribuídas ao modelo de negócios, com empréstimos de alto risco e prazos longos, diante de um passivo de curto prazo. O banco chegou a cogitar uma mudança de foco, mais voltado para prestação de serviços financeiros do que para empréstimos para pequenas e médias empresas.
Os dados não auditados entregues ao BC, referentes a junho de 2012, mostravam prejuízo de quase R$ 100 milhões no primeiro semestre capital equivalente a 9,5% dos empréstimos, abaixo do mínimo de 11% exigido.
Nos últimos dias, o dono da instituição, José Augusto Ferreira dos Santos, tentou vender o banco, mas o aumento da desconfiança no mercado e dos saques inviabilizou o funcionamento do BVA.
Nos últimos dias, com o aumento dos saques por parte de clientes, o banco chegou a ficar com o patrimônio negativo de R$ 580 milhões, o que motivou a intervenção. A instituição também precisaria de outros R$ 680 milhões para elevar seu capital ao nível mínimo exigido pelo BC.
Embora ainda haja possibilidade de salvar o banco, fontes do governo e do setor privado avaliam que a instituição será liquidada em breve. Nesse caso, cerca de 30% dos depósitos serão ressarcidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), instituição privada que garante até R$ 70 mil de cada cliente.
Entre os problemas detectados no BVA está a contabilização de receitas de forma incorreta, o que aumentava o capital da instituição. O banco também classificou empréstimos para clientes com alta probabilidade de inadimplência como crédito de risco menor, o que diminuía a exigência de provisões e capital. Esse mesmo problema já havia sido identificado recentemente em outros bancos.
Os problemas no banco já eram conhecidos pelo mercado. Reportagens publicadas pelo jornal "O Estado de S. Paulo" neste ano mostraram que o BC havia pedido à instituição que aumentasse seu capital e suas provisões contra calotes. No sábado, o jornal revelou que o BVA, que não apresentou balanço em 2012 e não efetivou uma capitalização prometida de R$ 300 milhões, poderia trocar seu comando.
As irregularidades detectadas até o momento podem levar a processos administrativos contra controladores e ex-administradores, que já estão com bens indisponíveis. Se o interventor encontrar indícios de crime, poderá ser encaminhada denúncia ao Ministério Público.
Na avaliação do governo, o problema do BVA é algo localizado e que não vai contaminar o sistema bancário. Desde o ano passado, foram encontrados problemas no Cruzeiro do Sul, Morada e Prosper, todos liquidados.
As dificuldades do banco são atribuídas ao modelo de negócios, com empréstimos de alto risco e prazos longos, diante de um passivo de curto prazo. O banco chegou a cogitar uma mudança de foco, mais voltado para prestação de serviços financeiros do que para empréstimos para pequenas e médias empresas.
Os dados não auditados entregues ao BC, referentes a junho de 2012, mostravam prejuízo de quase R$ 100 milhões no primeiro semestre capital equivalente a 9,5% dos empréstimos, abaixo do mínimo de 11% exigido.
Nos últimos dias, o dono da instituição, José Augusto Ferreira dos Santos, tentou vender o banco, mas o aumento da desconfiança no mercado e dos saques inviabilizou o funcionamento do BVA.
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