Em discurso na Paulista, petista disse que fará 'grande transição'.
Ex-ministro da Educação venceu Serra e foi eleito novo prefeito da capital.
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), viaja ainda na manhã desta segunda-feira (29) a Brasília para um encontro com a presidente Dilma Rousseff. Por volta das 6h30, ele permanecia em seu apartamento, no Paraíso, na Zona Sul da capital paulista. No final da tarde, está programada uma entrevista coletiva à imprensa, em um hotel dos Jardins.
Após discurso da vitória em um hotel na noite deste domingo (28), Haddad se juntou a militantes na Avenida Paulista. "Vocês sabem que eu sou o segundo poste do Lula”, disse, tirando risos. “Tem mais algum candidato a poste aqui?", brincou, em referência a discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Campinas, quando Lula lembrou que a oposição usava expressão pejorativa para ressaltar a falta de experiência política de Dilma na campanha de 2010. Assim como Dilma, Haddad foi eleito em sua primeira disputa eleitoral.
No discurso, Haddad diz ter recebido a ligação do adversário tucano, José Serra, que o parabenizou pela vitória nas urnas. Em discurso feito sobre um trio-elétrico, ele disse que Serra desejou “que nós fizéssemos um ótimo governo para a cidade de São Paulo”.
Apesar da chuva que atingia a capital paulista, Haddad falou por aproximadamente dez minutos. Ele agradeceu os votos, elogiou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a atual presidente, Dilma Rousseff, e reiterou a vontade de acabar com as diferenças. “Não podemos mais conviver com tanta desigualdade.”
Além do telefonema de Serra, Haddad disse que recebeu ligações de Lula, de Dilma e de Kassab. “Ele [Kassab] disse que quer fazer uma transição de alto nível. Para São Paulo. E eu quero dizer para ele: eu aceito o desafio de fazer uma grande transição do governo para São Paulo mudar.”
Além do telefonema de Serra, Haddad disse que recebeu ligações de Lula, de Dilma e de Kassab. “Ele [Kassab] disse que quer fazer uma transição de alto nível. Para São Paulo. E eu quero dizer para ele: eu aceito o desafio de fazer uma grande transição do governo para São Paulo mudar.”
Discurso da vitória
Mais cedo, em seu primeiro pronunciamento após a divulgação do resultado, ele afirmou que irá derrubar o "muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre". "São Paulo não é uma ilha, não é uma cidade murada, precisa fazer parceria", disse, referindo-se principalmente ao governo federal. O petista teve 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos, contra 2.708.768 de José Serra (PSDB) – 44,43% (confira a apuração completa na cidade).
Mais cedo, em seu primeiro pronunciamento após a divulgação do resultado, ele afirmou que irá derrubar o "muro da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre". "São Paulo não é uma ilha, não é uma cidade murada, precisa fazer parceria", disse, referindo-se principalmente ao governo federal. O petista teve 3.387.720 votos, o que corresponde a 55,57% dos votos válidos, contra 2.708.768 de José Serra (PSDB) – 44,43% (confira a apuração completa na cidade).
No pronunciamento, Haddad, de 49 anos, reiterou que quer "acabar com a desigualdade" na cidade e que este "objetivo central está plenamente delineado, discutido e aprovado pela maioria do povo de São Paulo". "São Paulo tem que ser antes de tudo uma cidade-lar, um teto digno, limpo e decente, debaixo do qual toda família possa realizar seu sonho de ser feliz. São Paulo é de todos os nascidos aqui, é de todos os que vieram para cá, São Paulo é de todo o Brasil", afirmou o novo prefeito. "Somos ao mesmo tempo uma das mais ricas e das mais desiguais do planeta."A vitória marca o retorno do PT à Prefeitura da capital paulista oito anos após Marta Suplicy deixar o comando da cidade. Desde então, se seguiram as gestões de José Serra e Gilberto Kassab (PSD)
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