Em meio à tentativa do Palmeiras de anular a derrota para o Inter alegando interferência de repórteres na anulação de um gol de mão de Barcos, o atacante expôs toda sua irritação com a arbitragem. Na visão do argentino, que disputa o seu primeiro Campeonato Brasileiro, o clube é sempre prejudicado, o que dificulta o controle dos nervos da equipe.
"Isso atrapalha porque somos sempre nós os prejudicados. Temos que manter a calma, mas no momento você fica p..., quer sair e matar todos", relatou, sincero, o camisa 9, definindo os árbitros como adversários do Verdão. "A arbitragem faz sacanagem conosco. Temos que jogar contra 11 jogadores. Jogar contra cinco árbitros por jogo é complicado."
Ao saber que o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Aristeu Tavares, considera as reclamações do clube em relação ao jogo contra o Inter um "desespero" que "beira à imoralidade", o jogador conta ter se contido diante do árbitro da partida, Francisco Carlos Nascimento, e até do delegado Gerson Antonio Baluta, que teria ouvido e jornalistas a informação do toque de mão antes de repassar ao quadro de árbitros.
"Se fosse um desespero, eu teria batido no árbitro. Se estamos em uma situação difícil, temos que manter calma, e isso é muito difícil", disse o artilheiro do atual antepenúltimo colocado da liga nacional, a cinco pontos do Bahia, primeiro clube fora da zona de rebaixamento, e com cinco rodadas para tentar permanecer na primeira divisão.
"Não sei se é um esquema, mas somos prejudicados em muitos jogos. Sempre temos problema. Na dúvida, é sempre do adversário. Na hora em que tomam a decisão, sempre nos prejudicam. Não me lembro quando o Palmeiras foi ajudado", continuou Barcos, que estava impedido quando fez o gol da vitória sobre o Flamengo, por 1 a 0, em Barueri, e, na época, se justificou com bom humor dizendo que já tinham lhe "tirado" vários gols.
Ciente das reclamações de Barcos, também existentes no resto do elenco e na comissão técnica, o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone, foi à sede da Federação Paulista de Futebol (FPF) nessa segunda-feira para se encontrar com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, e o presidente da FPF e vice da CBF para a região sudeste, Marco Polo Del Nero.
"Já estivemos aqui reunidos outras vezes, e desta vez viemos novamente deixar claro nosso total descontentamento e indignação com o erro cometido na partida contra o Internacional. A partir do instante em que houve ingerência externa no gol anulado do Barcos, temos embasamento para protestar e pedir a impugnação da partida", explicou o dirigente.
"A diretoria está trabalhando para ver o que fazer. Sempre somos prejudicados. Quando fiz gol contra o Botafogo, anulando por impedimento sendo que eu estava dois metros atrás, e não houve interferência externa. Essas coisas molestam, ainda mais pela nossa situação. Precisam fazer alguma coisa", cobrou Barcos, lembrando do tento anulado na vitória palmeirense por 2 a 1 no Engenhão, no primeiro turno - com dois gols seus.
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