Candidatos trocam críticas amenas no último debate
Os cinco candidatos a prefeito de Natal por partidos com representação na Câmara dos Deputados - Carlos Eduardo (PDT), Hermano Morais (PMDB), Fernando Mineiro (PT) e Robério Paulino (PSOL) - tiveram ontem à noite, no debate da InterTV-Cabugi, a última oportunidade para conquistar os eleitores indecisos, neste primeiro turno da disputa pela sucessão municipal. Houve troca de críticas políticas e administrativas, mas eles evitaram acusações mais enfáticas. Um dos pontos que mais provocou discussão foi em torno dos apoios à prefeita Micarla de Sousa, administrações anteriores e os apoios que os candidatos recebem.
Coube a Fernando Mineiro, por ordem definida em sorteio, fazer a primeira pergunta. Ele questionou Carlos Eduardo sobre o tema "ordenamento urbano". O candidato do PDT destacou que, nessa área, pretende tomar as iniciativas necessárias para regulamentar o plano diretor da cidade, aprovado em 2007, quando ele era prefeito. Além disso, defendeu que se coloque em prática o Código de Obras. Na réplica, Fernando Mineiro destacou que é preciso atualizar o Plano Diretor para que se tenha regras adequadas de uso do solo.
Em seguida, Carlos Eduardo escolheu Hermano Morais para responder sobre habitação. "Muitas pessoas vivem em condições precárias, sem moradia digna e, para reverter essa situação, precisamos construir casas populares, ampliar o saneamento e dar oportunidade para a regularização fundiária", disse o candidato do PMDB.
"A questão da moradia é tão importante que criamos a Secretaria de Habitação. Somos a gestão que mais construiu casas na cidade", disse Carlos Eduardo, ao comentar a resposta do adversário.
Na tréplica, Hermano Morais faz a primeira crítica do debate. "O ex-prefeito teve duas oportunidades e, com sua vice outra, mas faltou iniciativa para investir e garantir dignidade às pessoas", comentou o peemedebista.
Uma das perguntas de Hermano foi sobre geração de empregos. "Tenho convicção de que só podemos empreender se houver planejamento. Natal tem sofrido muito com uma política de apagar incêndio, sem um planejamento de Estado", avaliou o candidato do PSDB. "Existem recursos dos fundos constitucionais, do Ministério de Turismo e órgãos de fomento que podem direcionados para qualificar a população" acrescentou. "Devemos investir na capacitação das pessoas, na consolidação do Turismo, como um setor que gera empregos", comentou Hermano.
Rogério Marinho fez o questionamento sobre creche, a Robério Paulino. "Há 58 creches em Natal, com 2.500 crianças. As vagas são insuficientes, não tem alimentação, nem banheiros na quantidade que se precisa", lamentou Robério. Em seguida, afirmou que 30% dos recursos financeiros da Prefeitura devem ser destinados à Educação. "Microfone e papel aceitam tudo. Se não houver aumento do orçamento, passa a ser balela, promessa vazia. Na réplica, Rogério Marinho disse que esse patamar no orçamento para a Educação é uma exigência legal.
Líder das pesquisas eleitorais, o ex-prefeito Carlos Eduardo foi o alvo dos adversários tentando mostrar que muita coisa deixou de ser feita quando ele era prefeito de Natal, forçando assim o segundo turno. Os temas abordados ontem na Intertv Cabugi foram praticamente os mesmos do debate transmitido dias antes pela TV Tropical. Assim os candidatos discorreram sobre a Cultura, que Hermano assumiu o compromisso de fortalecer; Sistema Único de Saúde, que Robério prometeu melhorar, ampliando o horário de atendimento ao público; Gestão Anterior, que Mineiro disse não ter participado, mas que o PT apoiou, inclusive indicando filiados para compor o secretariado; Transporte Público, que Rogério Marinho prometeu adotar "tarifa justa" e licitação para escolha das empresas permissionárias. "Em nosso governo, o Seturn não vai mandar no transporte urbano. Teremos as rédeas do sistema", reforçou Mineiro.
A única menção ao julgamento do mensalão, que definiu o destino do ex-ministro José Dirceu e demais integrantes da cúpula do PT, foi feita pelo candidato do Psol, Robério Paulino, nas considerações finais.
Ficha limpa e acusações à Câmara
A exemplo do primeiro bloco, o segundo, de temas livres, também começou com um confronto entre Carlos Eduardo e Hermano. O candidato do PMDB tentou mostrar que Carlos Eduardo não tem ficha limpa e citou o caso da reprovação das contas na Câmara e dos 100 processos que o adversário colecionado teria quando era secretário estadual de cidadania. "Todos sabem das manobras que houve na Câmara para tirar-me o direito de ser candidato a prefeito de Natal. E o senhor, como aliado da prefeita Micarla de Sousa deve se lembrar que esta situação foi corrida", disse Carlos.
Neste bloco também foi debatida a questão das obras iniciadas na administração passada e que não foram concluídas pela gestão atual. O candidato Fernando Mineiro lembrou o apoio que Carlos recebeu do presidente petista Lula da Silva. Ao responder a uma pergunta sobre políticas de valorização das mulheres, Mineiro disse que ela passa pela promoção da saúde e ampliação das creches para que as mulheres possam trabalhar.
Já Rogério Marinho, ao responder a uma pergunta sobre saúde, prometeu construir um novo hospital pediátrico na zona norte e relocar o Sandra Celeste, para ele, construído num local de difícil acesso às populações mais pobres, publico alvo do Sistema Único de Saúde.
A pergunta mais inesperada foi feita a Hermano Morais pelo candidato do Psol, Robério Paulino: "Qual o significado das palavras oligarquia e fisiologismo?" Hermano lembrou que ascendeu na vida não pelas mãos de padrinhos políticos, mas por concurso público, pelas lutas sociais desde a redemocratização do país, na década de 1980 quando foram restabelecidas as eleições diretas para governadores, prefeitos das capitais e presidente da República. "Me orgulho de ter o apoio do ministro Garibaldi Filho", disse o candidato do PMDB.
Robério, que no início do debate criticou o volume de verbas e tentou desqualificar o trabalho da Câmara Municipal, terminou pedindo votos para os candidatos a vereador de seu partido, citando, entre tantos, a professora Amanda Gurgel, que aparece entre as mais citadas nas intenções de votos dos institutos de pesquisas; Sandro Pimentel e Santino Arruda.
Em busca dos eleitores indecisos
Os candidatos a prefeito de Natal chegaram para o debate da InterTV/Cabugi com expectativas diferentes. O deputado estadual Fernando Mineiro (PT), primeiro a chegar à sede da emissora, disse que esperava um debate propositivo e sem ataques pessoais. "Espero uma discussão de propostas e não um bate-boca", disse o parlamentar petista.
Ele evitou responder a pergunta sobre a possibilidade do julgamento do Mensalão ser abordado pelos seus concorrentes durante o programa.
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) disse ter certeza de que o pleito de Natal será encerrado no segundo turno. "A definição agora é para saber quem irá para o segundo turno com o candidato do PDT, Carlos Eduardo.
O professor Robério Paulino (PSOL) foi ao debate com a expectativa de que o programa diferenciasse os candidatos. "A população precisa saber quem são os candidatos da velha política e os novos", comentou.
O deputado estadual Hermano Morais afirmou, ao chegar, que o programa seria norteador para os eleitores indecisos.
"Estamos no segundo turno e dia 7 de outubro teremos essa confirmação. O debate vai ajudar aos eleitores indecisos", afirmou o peemedebista.
O ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) também disse, ao entrar na emissora, que o debate seria decisivo para conquistar dos eleitores que estão indecisos.
"As pesquisas estão mostrando que a eleição será encerrada no primeiro turno. O debate de hoje (ontem) será para trazer os indecisos", completou o ex-prefeito.
Coube a Fernando Mineiro, por ordem definida em sorteio, fazer a primeira pergunta. Ele questionou Carlos Eduardo sobre o tema "ordenamento urbano". O candidato do PDT destacou que, nessa área, pretende tomar as iniciativas necessárias para regulamentar o plano diretor da cidade, aprovado em 2007, quando ele era prefeito. Além disso, defendeu que se coloque em prática o Código de Obras. Na réplica, Fernando Mineiro destacou que é preciso atualizar o Plano Diretor para que se tenha regras adequadas de uso do solo.
Em seguida, Carlos Eduardo escolheu Hermano Morais para responder sobre habitação. "Muitas pessoas vivem em condições precárias, sem moradia digna e, para reverter essa situação, precisamos construir casas populares, ampliar o saneamento e dar oportunidade para a regularização fundiária", disse o candidato do PMDB.
"A questão da moradia é tão importante que criamos a Secretaria de Habitação. Somos a gestão que mais construiu casas na cidade", disse Carlos Eduardo, ao comentar a resposta do adversário.
Na tréplica, Hermano Morais faz a primeira crítica do debate. "O ex-prefeito teve duas oportunidades e, com sua vice outra, mas faltou iniciativa para investir e garantir dignidade às pessoas", comentou o peemedebista.
Uma das perguntas de Hermano foi sobre geração de empregos. "Tenho convicção de que só podemos empreender se houver planejamento. Natal tem sofrido muito com uma política de apagar incêndio, sem um planejamento de Estado", avaliou o candidato do PSDB. "Existem recursos dos fundos constitucionais, do Ministério de Turismo e órgãos de fomento que podem direcionados para qualificar a população" acrescentou. "Devemos investir na capacitação das pessoas, na consolidação do Turismo, como um setor que gera empregos", comentou Hermano.
Rogério Marinho fez o questionamento sobre creche, a Robério Paulino. "Há 58 creches em Natal, com 2.500 crianças. As vagas são insuficientes, não tem alimentação, nem banheiros na quantidade que se precisa", lamentou Robério. Em seguida, afirmou que 30% dos recursos financeiros da Prefeitura devem ser destinados à Educação. "Microfone e papel aceitam tudo. Se não houver aumento do orçamento, passa a ser balela, promessa vazia. Na réplica, Rogério Marinho disse que esse patamar no orçamento para a Educação é uma exigência legal.
Líder das pesquisas eleitorais, o ex-prefeito Carlos Eduardo foi o alvo dos adversários tentando mostrar que muita coisa deixou de ser feita quando ele era prefeito de Natal, forçando assim o segundo turno. Os temas abordados ontem na Intertv Cabugi foram praticamente os mesmos do debate transmitido dias antes pela TV Tropical. Assim os candidatos discorreram sobre a Cultura, que Hermano assumiu o compromisso de fortalecer; Sistema Único de Saúde, que Robério prometeu melhorar, ampliando o horário de atendimento ao público; Gestão Anterior, que Mineiro disse não ter participado, mas que o PT apoiou, inclusive indicando filiados para compor o secretariado; Transporte Público, que Rogério Marinho prometeu adotar "tarifa justa" e licitação para escolha das empresas permissionárias. "Em nosso governo, o Seturn não vai mandar no transporte urbano. Teremos as rédeas do sistema", reforçou Mineiro.
A única menção ao julgamento do mensalão, que definiu o destino do ex-ministro José Dirceu e demais integrantes da cúpula do PT, foi feita pelo candidato do Psol, Robério Paulino, nas considerações finais.
Ficha limpa e acusações à Câmara
A exemplo do primeiro bloco, o segundo, de temas livres, também começou com um confronto entre Carlos Eduardo e Hermano. O candidato do PMDB tentou mostrar que Carlos Eduardo não tem ficha limpa e citou o caso da reprovação das contas na Câmara e dos 100 processos que o adversário colecionado teria quando era secretário estadual de cidadania. "Todos sabem das manobras que houve na Câmara para tirar-me o direito de ser candidato a prefeito de Natal. E o senhor, como aliado da prefeita Micarla de Sousa deve se lembrar que esta situação foi corrida", disse Carlos.
Neste bloco também foi debatida a questão das obras iniciadas na administração passada e que não foram concluídas pela gestão atual. O candidato Fernando Mineiro lembrou o apoio que Carlos recebeu do presidente petista Lula da Silva. Ao responder a uma pergunta sobre políticas de valorização das mulheres, Mineiro disse que ela passa pela promoção da saúde e ampliação das creches para que as mulheres possam trabalhar.
Já Rogério Marinho, ao responder a uma pergunta sobre saúde, prometeu construir um novo hospital pediátrico na zona norte e relocar o Sandra Celeste, para ele, construído num local de difícil acesso às populações mais pobres, publico alvo do Sistema Único de Saúde.
A pergunta mais inesperada foi feita a Hermano Morais pelo candidato do Psol, Robério Paulino: "Qual o significado das palavras oligarquia e fisiologismo?" Hermano lembrou que ascendeu na vida não pelas mãos de padrinhos políticos, mas por concurso público, pelas lutas sociais desde a redemocratização do país, na década de 1980 quando foram restabelecidas as eleições diretas para governadores, prefeitos das capitais e presidente da República. "Me orgulho de ter o apoio do ministro Garibaldi Filho", disse o candidato do PMDB.
Robério, que no início do debate criticou o volume de verbas e tentou desqualificar o trabalho da Câmara Municipal, terminou pedindo votos para os candidatos a vereador de seu partido, citando, entre tantos, a professora Amanda Gurgel, que aparece entre as mais citadas nas intenções de votos dos institutos de pesquisas; Sandro Pimentel e Santino Arruda.
Em busca dos eleitores indecisos
Os candidatos a prefeito de Natal chegaram para o debate da InterTV/Cabugi com expectativas diferentes. O deputado estadual Fernando Mineiro (PT), primeiro a chegar à sede da emissora, disse que esperava um debate propositivo e sem ataques pessoais. "Espero uma discussão de propostas e não um bate-boca", disse o parlamentar petista.
Ele evitou responder a pergunta sobre a possibilidade do julgamento do Mensalão ser abordado pelos seus concorrentes durante o programa.
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) disse ter certeza de que o pleito de Natal será encerrado no segundo turno. "A definição agora é para saber quem irá para o segundo turno com o candidato do PDT, Carlos Eduardo.
O professor Robério Paulino (PSOL) foi ao debate com a expectativa de que o programa diferenciasse os candidatos. "A população precisa saber quem são os candidatos da velha política e os novos", comentou.
O deputado estadual Hermano Morais afirmou, ao chegar, que o programa seria norteador para os eleitores indecisos.
"Estamos no segundo turno e dia 7 de outubro teremos essa confirmação. O debate vai ajudar aos eleitores indecisos", afirmou o peemedebista.
O ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) também disse, ao entrar na emissora, que o debate seria decisivo para conquistar dos eleitores que estão indecisos.
"As pesquisas estão mostrando que a eleição será encerrada no primeiro turno. O debate de hoje (ontem) será para trazer os indecisos", completou o ex-prefeito.
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