Sob pressão, Banco do Brasil vai reduzir tarifas
Brasília (AE) - Depois de ser pressionado pelo governo, o Banco do Brasil anunciou ontem a redução do valor de sete pacotes de serviços e 24 tarifas prioritárias para pessoas físicas. De acordo com o banco estatal, a redução vale a partir da próxima segunda-feira (15), e pode chegar a 34%.
Os serviços prioritários são: contas de depósito, cheque, saques, depósitos, consultas, transferências de recursos, transferências por TED/DOC e entre contas na própria instituição, ordens de crédito e cartões de crédito. A tarifa de saques, por exemplo, cai de R$ 1,70 para R$ 1,20.
A instituição também vai isentar novos clientes da tarifa de confecção de cadastro, que é de R$ 30,00. O pacote de tarifas padronizado pelo Banco Central passa de R$ 13,50 para R$ 9,90 (-26,6%). O corte de tarifas faz parte da nova ofensiva do governo sobre o setor bancário. No final de setembro, o Grupo Estado publicou reportagem mostrando que os bancos elevaram suas tarifas máximas cobradas sobre produtos e serviços. Entre eles, o BB, o que teria incomodado a presidente Dilma Rousseff.
Essa primeira rodada de cortes inclui 24 tarifas classificadas pelo Banco Central como prioritárias. Destas, 22 ficam mais baratas no BB do que na Caixa, a maioria com diferença entre cinco e trinta centavos no valor. Outras duas, com o mesmo preço. A tarifa de saque, por exemplo, cai de R$ 1,70 para R$ 1,20. Na Caixa, o valor é de R$ 1,30. O pacote de tarifas padronizado passa de R$ 13,50 para R$ 9,90 no BB. Na Caixa, está em R$ 10,00. Nos dois casos, a Caixa Econômica informou que irá cortar seus valores. No Banco do Brasil também foram reduzidos os preços das principais cestas de serviços, que custam hoje entre R$ 40,60 e R$ 49,90 e passam para R$ 38,00 por mês no BB. Neste caso, a Caixa cobra valores de até R$ 24 e poderá manter os preços.
O anúncio do BB derrubou as ações do banco estatal, que caíram 3% ontem, dia em que a Bolsa subiu 1,27%. No mês, a ação do banco já perdeu 8%. O vice-presidente de Negócios de Varejo da instituição, Alexandre Abreu, afirmou que o ganho de escala vai compensar a redução de tarifas e que não haverá grandes impactos sobre o lucro. Para ele, a medida é sustentável e vai gerar valor para o acionista no médio prazo.
"Reduzimos as tarifas mais utilizadas pelo público. As razões para isso são um ganho muito forte com clientes que passaram a utilizar o banco depois da redução dos juros e um ganho de escala que nos permite revisar para baixo alguns preços", afirmou. "O impacto existe, mas não é tão significativo."
Abreu disse que as tarifas bancárias teriam de ser reduzidas por questões de mercado e que o banco está se antecipando a esse movimento, assim como ocorreu em relação às taxas de juros. Afirmou ainda que, com novos ganhos de escala, não estão descartadas novas reduções.
Valores cobrados na Caixa também serão reduzidos
Brasília (AE) - A Caixa também irá reduzir, nos próximos dias, os valores cobrados dos clientes por saques, transferências e fornecimento de cartões, entre outros serviços. O vice-presidente de Finanças da Caixa, Márcio Percival, também afirmou que o corte das taxas segue a mesma lógica da redução dos juros. "Não há perda de receita". Percival disse que o banco já dobrou o ganho com tarifas neste ano e espera que esse crescimento se repita, com a demanda maior por serviços mais baratos. Segundo Percival, o novo valor das tarifas sai nesta semana e deve acompanhar a estratégia de manter a Caixa como o banco com os menores preços do mercado.
O analista de bancos Luis Miguel Santacreu, da Austin Rating, afirmou que os bancos públicos e privados terão de se adaptar à estratégia de buscar novos clientes e aumentar as operações de crédito para manter seus ganhos. "Assim como foi feito com os juros, acredito que os bancos privados devem anunciar algumas reduções de tarifas", afirmou.
Nas últimas semanas, os dois bancos estatais anunciaram reduções em várias linhas de crédito. A Caixa também cortou a taxa de administração de alguns fundos de investimento, outra fonte de receita dos bancos.
Agência BrasilAlexandre Abreu, do BB: redução atinge as tarifas mais usadas
Os serviços prioritários são: contas de depósito, cheque, saques, depósitos, consultas, transferências de recursos, transferências por TED/DOC e entre contas na própria instituição, ordens de crédito e cartões de crédito. A tarifa de saques, por exemplo, cai de R$ 1,70 para R$ 1,20.
A instituição também vai isentar novos clientes da tarifa de confecção de cadastro, que é de R$ 30,00. O pacote de tarifas padronizado pelo Banco Central passa de R$ 13,50 para R$ 9,90 (-26,6%). O corte de tarifas faz parte da nova ofensiva do governo sobre o setor bancário. No final de setembro, o Grupo Estado publicou reportagem mostrando que os bancos elevaram suas tarifas máximas cobradas sobre produtos e serviços. Entre eles, o BB, o que teria incomodado a presidente Dilma Rousseff.
Essa primeira rodada de cortes inclui 24 tarifas classificadas pelo Banco Central como prioritárias. Destas, 22 ficam mais baratas no BB do que na Caixa, a maioria com diferença entre cinco e trinta centavos no valor. Outras duas, com o mesmo preço. A tarifa de saque, por exemplo, cai de R$ 1,70 para R$ 1,20. Na Caixa, o valor é de R$ 1,30. O pacote de tarifas padronizado passa de R$ 13,50 para R$ 9,90 no BB. Na Caixa, está em R$ 10,00. Nos dois casos, a Caixa Econômica informou que irá cortar seus valores. No Banco do Brasil também foram reduzidos os preços das principais cestas de serviços, que custam hoje entre R$ 40,60 e R$ 49,90 e passam para R$ 38,00 por mês no BB. Neste caso, a Caixa cobra valores de até R$ 24 e poderá manter os preços.
O anúncio do BB derrubou as ações do banco estatal, que caíram 3% ontem, dia em que a Bolsa subiu 1,27%. No mês, a ação do banco já perdeu 8%. O vice-presidente de Negócios de Varejo da instituição, Alexandre Abreu, afirmou que o ganho de escala vai compensar a redução de tarifas e que não haverá grandes impactos sobre o lucro. Para ele, a medida é sustentável e vai gerar valor para o acionista no médio prazo.
"Reduzimos as tarifas mais utilizadas pelo público. As razões para isso são um ganho muito forte com clientes que passaram a utilizar o banco depois da redução dos juros e um ganho de escala que nos permite revisar para baixo alguns preços", afirmou. "O impacto existe, mas não é tão significativo."
Abreu disse que as tarifas bancárias teriam de ser reduzidas por questões de mercado e que o banco está se antecipando a esse movimento, assim como ocorreu em relação às taxas de juros. Afirmou ainda que, com novos ganhos de escala, não estão descartadas novas reduções.
Valores cobrados na Caixa também serão reduzidos
Brasília (AE) - A Caixa também irá reduzir, nos próximos dias, os valores cobrados dos clientes por saques, transferências e fornecimento de cartões, entre outros serviços. O vice-presidente de Finanças da Caixa, Márcio Percival, também afirmou que o corte das taxas segue a mesma lógica da redução dos juros. "Não há perda de receita". Percival disse que o banco já dobrou o ganho com tarifas neste ano e espera que esse crescimento se repita, com a demanda maior por serviços mais baratos. Segundo Percival, o novo valor das tarifas sai nesta semana e deve acompanhar a estratégia de manter a Caixa como o banco com os menores preços do mercado.
O analista de bancos Luis Miguel Santacreu, da Austin Rating, afirmou que os bancos públicos e privados terão de se adaptar à estratégia de buscar novos clientes e aumentar as operações de crédito para manter seus ganhos. "Assim como foi feito com os juros, acredito que os bancos privados devem anunciar algumas reduções de tarifas", afirmou.
Nas últimas semanas, os dois bancos estatais anunciaram reduções em várias linhas de crédito. A Caixa também cortou a taxa de administração de alguns fundos de investimento, outra fonte de receita dos bancos.
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