sexta-feira, 1 de junho de 2012


Cabos e soldados discutem a carreira



A Associação dos Cabos e Soldados do Rio Grande do Norte devem realizar um seminário a partir das 14 horas de hoje, a fim de retomar o debate sobre a implantação de um plano de carreira para os praças da Polícia Militar do Estado. "Hoje existem 800 sargentos e 1.500 cabos que não têm promoções", disse o diretor da ACS-RN, cabo Jeoás Nascimento, para informar que o seminário de hoje também vai debater a questão da  criminalização das reivindicações dos policiais.

"O policial não está cometendo nenhum crime quando luta pelos seus direitos", disse Nascimento, que deixou a presidência da ACS e hoje é o seu coordenador de Direitos Humanos. "Nós teremos um painel sobre os diversos movimentos que ocorreram no Brasil, e vamos tirar uma construção de propostas de algumas mudanças, como o fim da prisão administrativa para os policiais, que é a única categoria sujeita a isso".

Segundo ele, também existe uma expectativa na corporação quanto a implantação da tabela do soldo aprovado no ano passado pela Assembleia Legislativa, que passa a vigorar a partir de julho. Nascimento afirma que informações, de bastidores, garantem que a governadora Rosalba Ciarlini vai cumprir o prometido, mesmo porque a categoria foi a única que não paralisou suas atividades no ano passado "dando um crédito de confiança ao governo".

Cabo Jeoás Nascimento também informou que a  ACS tem recebido reclamações de praças com relação ao atraso no pagamento das diárias operacionais, que hoje são pagas, praticamente, "a quem trabalha em viaturas".

O comandante da PM, coronel Francisco Araújo Silva, disse que desde o começo do  ano o governo pagou R$ 2 milhões em diárias operacionais, e que hoje o atraso é de apenas 40 dias, incluindo uma parte de abril e agora de maio. "A dívida é de apenas R$ 60 mil", disse ele.

O vice-presidente da ACS-PM/RN, cabo César Queiroz, explica que essa é uma maneira de colocar em pauta melhorias para a categoria e fazer com que se pense no futuro e nas formas de atuação das polícias. "O debate é para chamar atenção para que as lutas que estão sendo feitas há tanto tempo não percam foco, e, principalmente, para reascender algumas discussões travadas em todo país, como o caso do movimento na Bahia, mostrando que os policiais não podem e não devem se abater com perseguições politicas externas e internas", destaca.

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