Brasília (AE) - O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), disse ontem que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mentiu à comissão ao explicar a venda da sua casa no ano passado. "Com certeza (o governador mentiu). Está evidente que a história foi uma história montada. A história da casa é para negar a relação do governador com o senhor Carlinhos Cachoeira", afirmou Odair, ao fim do depoimento do arquiteto Alexandre Milhomem.
Segundo o relator da comissão, Cachoeira tenta "o tempo inteiro" esconder de quem havia comprado a casa. Ele disse que há interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, no curso da Operação Monte Carlo, que revelam que ele manda rasgar um contrato de compra e venda firmado entre o contraventor e Perillo.
A casa, avaliada em R$ 1,4 milhão, foi paga com três cheques de uma empresa que tem como sócio um dos sobrinhos de Cachoeira, Leonardo de Almeida Ramos. À CPI, Perillo negou saber quem havia comprado a casa, tendo transferido toda a negociação para o ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB). O relator poderá sugerir ao final dos trabalhos que indicie Perillo pelo crime de perjúrio, quando alguém mente em um depoimento.
Para Odair Cunha, outra prova da transação é a de que a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, contratou o arquiteto Alexandre Milhomem para trabalhar no projeto de decoração da casa. O arquiteto recebeu R$ 10 mil em cinco parcelas, uma das quais paga com recursos da Alberto e Pantoja, empresa do esquema do contraventor.
O relator da CPI questionou ainda o fato de Cachoeira ter gasto R$ 500 mil para mobiliar uma casa somente para habitá-la por alguns meses. O arquiteto afirmou à comissão que Andressa disse a ele que o casal iria morar lá provisoriamente.
Cunha disse que não será obrigatória a volta de Perillo à CPI. Segundo ele, a comissão vai buscar "meios de prova para desmontar a tese aqui desenhada". O relator observou que, se tivesse interesse em esclarecer o fato, Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor especial do governador goiano, não teria pedido um habeas corpus para permanecer em silêncio ontem na comissão. Fiúza participou da negociação da venda da casa de Perillo.
Goiás
Ontem, outra CPI, a que foi instalada na Assembleia Legislativa de Goiás também para investigar possível envolvimento das autoridades e políticos goianos com esquema de jogos ilegais de Carlinhos Cachoeira, pediu a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT) e do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB). Paulo Garcia foi vice e depois sucedeu Iris no governo, e é candidato à reeleição em outubro. E o pedido foi feito pelos deputados Túlio Isac (PSDB) e Tales Barreto (PTB), que atuam na relatoria da Comissão.
"O Iris é o pai da Delta", justificou o deputado Túlio Isaac. "Foi no governo dele em Goiânia (2005-2010) que a Delta se instalou em Goiás e ampliou sua participação nas demais prefeituras", afirmou. De acordo com os deputados Túlio Isac e Tales Barreto, a CPI deve investigar os negócios milionários da Delta, que supostamente envolvem as prefeituras em Goiás, a maioria deles com prefeitos vinculados aos PMDB e ao PT.
Geraldo MagelaRelador da CPI, Odair Cunha acusa o governador de Goiás
Segundo o relator da comissão, Cachoeira tenta "o tempo inteiro" esconder de quem havia comprado a casa. Ele disse que há interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal, no curso da Operação Monte Carlo, que revelam que ele manda rasgar um contrato de compra e venda firmado entre o contraventor e Perillo.
A casa, avaliada em R$ 1,4 milhão, foi paga com três cheques de uma empresa que tem como sócio um dos sobrinhos de Cachoeira, Leonardo de Almeida Ramos. À CPI, Perillo negou saber quem havia comprado a casa, tendo transferido toda a negociação para o ex-vereador Wladimir Garcez (PSDB). O relator poderá sugerir ao final dos trabalhos que indicie Perillo pelo crime de perjúrio, quando alguém mente em um depoimento.
Para Odair Cunha, outra prova da transação é a de que a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, contratou o arquiteto Alexandre Milhomem para trabalhar no projeto de decoração da casa. O arquiteto recebeu R$ 10 mil em cinco parcelas, uma das quais paga com recursos da Alberto e Pantoja, empresa do esquema do contraventor.
O relator da CPI questionou ainda o fato de Cachoeira ter gasto R$ 500 mil para mobiliar uma casa somente para habitá-la por alguns meses. O arquiteto afirmou à comissão que Andressa disse a ele que o casal iria morar lá provisoriamente.
Cunha disse que não será obrigatória a volta de Perillo à CPI. Segundo ele, a comissão vai buscar "meios de prova para desmontar a tese aqui desenhada". O relator observou que, se tivesse interesse em esclarecer o fato, Lúcio Fiúza Gouthier, ex-assessor especial do governador goiano, não teria pedido um habeas corpus para permanecer em silêncio ontem na comissão. Fiúza participou da negociação da venda da casa de Perillo.
Goiás
Ontem, outra CPI, a que foi instalada na Assembleia Legislativa de Goiás também para investigar possível envolvimento das autoridades e políticos goianos com esquema de jogos ilegais de Carlinhos Cachoeira, pediu a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico do prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT) e do ex-prefeito Iris Rezende (PMDB). Paulo Garcia foi vice e depois sucedeu Iris no governo, e é candidato à reeleição em outubro. E o pedido foi feito pelos deputados Túlio Isac (PSDB) e Tales Barreto (PTB), que atuam na relatoria da Comissão.
"O Iris é o pai da Delta", justificou o deputado Túlio Isaac. "Foi no governo dele em Goiânia (2005-2010) que a Delta se instalou em Goiás e ampliou sua participação nas demais prefeituras", afirmou. De acordo com os deputados Túlio Isac e Tales Barreto, a CPI deve investigar os negócios milionários da Delta, que supostamente envolvem as prefeituras em Goiás, a maioria deles com prefeitos vinculados aos PMDB e ao PT.
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