Violência fecha comércio e muda rotina de instituições públicas de Mossoró
assustada e vítima da criminalidade, dentre outras situações complicadas em muitas cidades do Rio Grande do Norte. Mossoró não foge à regra e vive momentos de pânico, tanto em ruas do centro da cidade como em bairros periféricos, onde as ações criminosas ditam o cotidiano da população.
Quase ninguém escapa da investida dos bandidos, que a cada dia estão mais ousados e destemidos das forças policiais. Há situações que são graves, fazendo com que moradores tomem medidas drásticas para se protegerem, porém por mais que seja a prevenção nunca é suficientemente insegura.
Diariamente as polícias militar e civil registram casos de roubos, arrombamentos, furtos, assaltos a residências ou a estabelecimentos comerciais, onde muitas vezes os bandidos agem em plena luz do dia e sem usarem nenhuma proteção para encobrir a identidade.
Diante dessa situação alguns estabelecimentos comerciais já fecharam suas portas devido à falta de segurança. Esse foi o caso de uma casa lotérica que funcionava no conjunto habitacional Santa Delmira, onde depois de ter sido assaltada diversas vezes fechou as portas e mudou seu funcionamento para o centro da cidade.
Segundo relatos de um antigo funcionário, os ladrões causaram muitos prejuízos, isso há quase quatro anos, e o funcionamento no local não era mais interessante. "Depois de muitos prejuízos, o proprietário tinha duas alternativas: ou fechava as portas em definitivo, ou mudaria de endereço, para um lugar menos visitado pelos ladrões, ele escolheu a segunda opção", disse um ex-funcionário, que até hoje não conseguiu superar o trauma dos assaltos.
Atitude semelhante tomou um empresário do ramo de madeira, depois de ter seu estabelecimento assaltado por duas vezes, não superou o trauma e cerrou as portas, colocando o prédio à venda. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, o empresário não aceitou conversar com a reportagem, no entanto por meio de um dos familiares, sabe-se que durante um dos assaltos os bandidos usaram de muita agressividade, física e psicológica, onde a todo o momento ameaçava matar clientes e funcionários.
Nem mesmo os prédios públicos escapam da ação dos marginais. Um prédio onde funcionava uma creche do extinto Movimento de Integração e Orientação Social (Meios), no conjunto Abolição IV, foi incendiada por vândalos. Para a polícia, a ação de vandalismo tinha como objetivo intimidar moradores das imediações.
"No dia em que os criminosos atearam fogo no prédio da extinta creche, vizinhos colocaram suas casas à venda e isso é um absurdo", disse a aposentada Maria das Neves Silva, 65 anos, moradora do conjunto.
Diariamente as polícias militar e civil registram casos de roubos, arrombamentos, furtos, assaltos a residências ou a estabelecimentos comerciais, onde muitas vezes os bandidos agem em plena luz do dia e sem usarem nenhuma proteção para encobrir a identidade.
Diante dessa situação alguns estabelecimentos comerciais já fecharam suas portas devido à falta de segurança. Esse foi o caso de uma casa lotérica que funcionava no conjunto habitacional Santa Delmira, onde depois de ter sido assaltada diversas vezes fechou as portas e mudou seu funcionamento para o centro da cidade.
Segundo relatos de um antigo funcionário, os ladrões causaram muitos prejuízos, isso há quase quatro anos, e o funcionamento no local não era mais interessante. "Depois de muitos prejuízos, o proprietário tinha duas alternativas: ou fechava as portas em definitivo, ou mudaria de endereço, para um lugar menos visitado pelos ladrões, ele escolheu a segunda opção", disse um ex-funcionário, que até hoje não conseguiu superar o trauma dos assaltos.
Atitude semelhante tomou um empresário do ramo de madeira, depois de ter seu estabelecimento assaltado por duas vezes, não superou o trauma e cerrou as portas, colocando o prédio à venda. Para se ter uma ideia da gravidade do problema, o empresário não aceitou conversar com a reportagem, no entanto por meio de um dos familiares, sabe-se que durante um dos assaltos os bandidos usaram de muita agressividade, física e psicológica, onde a todo o momento ameaçava matar clientes e funcionários.
Nem mesmo os prédios públicos escapam da ação dos marginais. Um prédio onde funcionava uma creche do extinto Movimento de Integração e Orientação Social (Meios), no conjunto Abolição IV, foi incendiada por vândalos. Para a polícia, a ação de vandalismo tinha como objetivo intimidar moradores das imediações.
"No dia em que os criminosos atearam fogo no prédio da extinta creche, vizinhos colocaram suas casas à venda e isso é um absurdo", disse a aposentada Maria das Neves Silva, 65 anos, moradora do conjunto.
Violência atinge escolasAlgumas escolas públicas da periferia tiveram que adequar seus horários de aula de maneira que não oferecesse muito risco aos alunos, proporcionando vagas de acordo com a necessidade e estudando cada situação em particular. No entanto, não surtiu grande s efeitos, uma vez que alguns estabelecimentos de ensino foram palco de ações violentas.
Para se ter uma ideia, uma escola situada às margens da BR-110, em menos de dois anos foi notícia nas páginas policiais dos veículos de comunicação da cidade por duas vezes. O primeiro episódio foi uma tentativa de homicídio que começou dentro do muro da escola e terminou com um homem baleado de raspão na barriga, por um tiro disparado por um adolescente, aluno da escola.
Meses depois, uma estudante foi flagrada com uma arma na mochila, que segundo a família teria sido plantada por um colega de classe para incriminar a garota.
"Nossos filhos não estão seguros nem mesmo na escola. É preciso que a família acompanhe de perto todos os passos e atitude deles", disse uma professora.
Para se ter uma ideia, uma escola situada às margens da BR-110, em menos de dois anos foi notícia nas páginas policiais dos veículos de comunicação da cidade por duas vezes. O primeiro episódio foi uma tentativa de homicídio que começou dentro do muro da escola e terminou com um homem baleado de raspão na barriga, por um tiro disparado por um adolescente, aluno da escola.
Meses depois, uma estudante foi flagrada com uma arma na mochila, que segundo a família teria sido plantada por um colega de classe para incriminar a garota.
"Nossos filhos não estão seguros nem mesmo na escola. É preciso que a família acompanhe de perto todos os passos e atitude deles", disse uma professora.
"A violência se generalizou pelas ruas porque as instituições falharam, inclusive a família", diz delegadoEm entrevista concedida ao O Mossoroense, na última quinta-feira, o delegado Clayton Pinho, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Mossoró, falou sobre a questão da violência, que tem se multiplicado pelas ruas e bairros da cidade e apontou erros que vão desde a família, passando por entidades religiosas, educação, saúde e polícia.
"A violência se generalizou pelas ruas e bairros porque houve muitas falhas. As instituições falharam, sejam elas religiosas, educacionais ou mesmo de saúde. Inclusive a família, aliás, principalmente a família, que deixou de pregar valores aos filhos e agora está sentido falta desses valores e costumes", explicou o delegado.
Para o delegado, não adianta a polícia ir às ruas repressivamente, prender, autuar e inquirir o jovem e adolescente, se estes não têm uma base em casa, na família, onde possam ter limites e responsabilidades atribuídas pelos pais. "Se a conduta errada dos jovens e adolescentes, futuros cidadãos, teria de ser corrigida pela família e escola houve falhas alarmantes", frisou.
Clayton Pinho disse ainda que o papel da polícia é prender, autuar e entregar o sujeito à Justiça para que ela o julgue, quando esse infringir a lei. "Por causa de sucessiva falhas é que as cadeias e presídios estão abarrotadas de infratores. Quando eles saem da prisão, a maioria vai continuar cometendo crimes, porque é um problema que está enraizado em sua vida, que teria de ter sido resolvido anteriormente", disse.
Ainda de acordo com o delegado, na semana passada, quando ocorreu um confronto armado entre polícia e assaltantes, que resultou na morte de dois adolescentes e um policial militar ferido, o pai de um dos menores mortos relatou que o filho havia deixado de estudar e se envolvido com más companhias, depois que passou dois meses sem frequentar a aula, devido à greve dos professores.
"Nesse caso houve muitas falhas. Falhou governo, professores, família e os poderes públicos que deveriam ter criado mecanismos para ocupar a ociosidade dos adolescentes, mesmo diante de uma greve dos professores que legalmente lutavam por melhorias salariais", destacou.
"Uma das coisas que o pai aflito me relatou e que chamou bastante atenção foi um alerta que ele fez aos outros pais. Ele disse que o que ocorreu com o filho dele pode acontecer com outras famílias, se o tempo dos adolescentes e jovens não for preenchido com atividades produtivas para o desenvolvimentos dos menores", concluiu o delegado Clayton Pinho.
"A violência se generalizou pelas ruas e bairros porque houve muitas falhas. As instituições falharam, sejam elas religiosas, educacionais ou mesmo de saúde. Inclusive a família, aliás, principalmente a família, que deixou de pregar valores aos filhos e agora está sentido falta desses valores e costumes", explicou o delegado.
Para o delegado, não adianta a polícia ir às ruas repressivamente, prender, autuar e inquirir o jovem e adolescente, se estes não têm uma base em casa, na família, onde possam ter limites e responsabilidades atribuídas pelos pais. "Se a conduta errada dos jovens e adolescentes, futuros cidadãos, teria de ser corrigida pela família e escola houve falhas alarmantes", frisou.
Clayton Pinho disse ainda que o papel da polícia é prender, autuar e entregar o sujeito à Justiça para que ela o julgue, quando esse infringir a lei. "Por causa de sucessiva falhas é que as cadeias e presídios estão abarrotadas de infratores. Quando eles saem da prisão, a maioria vai continuar cometendo crimes, porque é um problema que está enraizado em sua vida, que teria de ter sido resolvido anteriormente", disse.
Ainda de acordo com o delegado, na semana passada, quando ocorreu um confronto armado entre polícia e assaltantes, que resultou na morte de dois adolescentes e um policial militar ferido, o pai de um dos menores mortos relatou que o filho havia deixado de estudar e se envolvido com más companhias, depois que passou dois meses sem frequentar a aula, devido à greve dos professores.
"Nesse caso houve muitas falhas. Falhou governo, professores, família e os poderes públicos que deveriam ter criado mecanismos para ocupar a ociosidade dos adolescentes, mesmo diante de uma greve dos professores que legalmente lutavam por melhorias salariais", destacou.
"Uma das coisas que o pai aflito me relatou e que chamou bastante atenção foi um alerta que ele fez aos outros pais. Ele disse que o que ocorreu com o filho dele pode acontecer com outras famílias, se o tempo dos adolescentes e jovens não for preenchido com atividades produtivas para o desenvolvimentos dos menores", concluiu o delegado Clayton Pinho.
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