RN tem 2ª menor taxa de sobrevivência do Nordeste
O Rio Grande do Norte apresenta a segunda pior taxa de sobrevivência empresarial da região Nordeste, empatado com Pernambuco e à frente apenas do Maranhão (71,8%). A parcela de empresas que sobrevivem aos primeiros três anos de atividade no mercado potiguar chega a 74,1% - quando o ideal, segundo especialistas, seria de no mínimo 80%. Das 51.361 empresas que entraram em atividade em 2007, 38.039 continuavam ativas em 2010 no RN.
Os dados fazem parte do estudo Demografia das Empresas, o "Censo Empresa 2010", divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo traça um panorama do comportamento das empresas no Brasil e nas unidades da federação entre os anos de 2007 e 2010. E revela ainda a alta rotatividade entre entrada e saídas das empresas do mercado.
No caso do Rio Grande do Norte, embora abaixo do ideal (taxa de sobrevivência de 80%), o diretor do curso de Gestão Financeira da Universidade Potiguar e conselheiro do Conselho Regional de Economia no Rio Grande do Norte, Janduir Nóbrega, analisa como "natural" a dinâmica do mercado, mediante a crise financeira na zona do Euro e nos Estados Unidos. "A perda não é muito grande e está dentro da média regional", disse.
Contudo, acrescenta Nóbrega, é preciso, além do melhor acesso aos canais de recursos, a melhoria na gestão das empresas. "A taxa de mortalidade das empresas ainda é alta porque falta um plano de negócios, o empreendedor precisa conhecer o negócio. A falta de gestão aliada a crise causa o fechamento", afirma.
Em geral, reforça o analista do IBGE, Ivanilton Passos, a saída de atividade da maioria das empresas se dá pela "necessidade de capital, alto custo da produção e dos financiamentos, bem como necessidade de melhor capacitação e conhecimento do mercado". A esses fatores, acrescenta Passos, "se soma a excessiva carga tributária que contribui para o fechamento dessas empresas".
FALÊNCIAS
Ainda de acordo com o estudo, o Estado registrou a segunda maior taxa de empresas que saíram do mercado. "A taxa de falência e a de sobrevivência demonstram a fragilidade do mercado potiguar, conclui o analista.
O superintendente do Sebrae/RN, Zeca Melo, já havia sinalizado, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, sobre a necessidade de criar um ambiente favorável as empresas no Rio Grande do Norte. "Facilitar a criação e instalação de empresas, simplificando os processos, desburocratizando, dando acesso e melhorando a oferta ao crédito", disse.
De acordo com o IBGE, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros fatores.
Índice de empresas abertas e reabertas também é destaque
O estudo do IBGE mostra que, em 2010, o Rio Grande do Norte também teve o que comemorar. O estado registrou a segunda maior taxa do Nordeste de entrada em atividade de empresas. A taxa, de 25,9%, representa empresas abertas ou reabertas e ficou empatada com a de Pernambuco (veja o quadro).
De acordo com o estudo, segmentos como reparação de veículos automotores e motocicletas e a indústria de transformação registraram taxas de entrada superiores às de saídas em relação à contratação de pessoal, no período. Na primeira, 6.166 pessoas foram contratadas frente a taxa de saída (1,9%) de 1.881 pessoas. Na indústria de transformação, o saldo entre entradas (3,9%) e saídas (0,6%) foi de 2.456 empregos.
"Ao contrário do Ceará, Pernambuco e Bahia, que apresentam melhores desempenhos, o Rio Grande do Norte não tem um pólo industrial, isso justifica a maior migração de postos de trabalho para oficinas e comércio", observa Janduir Nóbrega. No Brasil, o estudo indica que em 2010 havia 4,5 milhões de empresas ativas, com idade média de 9,7 anos. O número de empresas registradas em 2010 superou o de 2009 em 6,1%, o que indica a entrada 261,7 mil empresas. A maior parte das novatas era de pequeno porte, porém, foram as maiores que demonstraram capacidade de resistir por mais tempo no mercado.
Os dados fazem parte do estudo Demografia das Empresas, o "Censo Empresa 2010", divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo traça um panorama do comportamento das empresas no Brasil e nas unidades da federação entre os anos de 2007 e 2010. E revela ainda a alta rotatividade entre entrada e saídas das empresas do mercado.
No caso do Rio Grande do Norte, embora abaixo do ideal (taxa de sobrevivência de 80%), o diretor do curso de Gestão Financeira da Universidade Potiguar e conselheiro do Conselho Regional de Economia no Rio Grande do Norte, Janduir Nóbrega, analisa como "natural" a dinâmica do mercado, mediante a crise financeira na zona do Euro e nos Estados Unidos. "A perda não é muito grande e está dentro da média regional", disse.
Contudo, acrescenta Nóbrega, é preciso, além do melhor acesso aos canais de recursos, a melhoria na gestão das empresas. "A taxa de mortalidade das empresas ainda é alta porque falta um plano de negócios, o empreendedor precisa conhecer o negócio. A falta de gestão aliada a crise causa o fechamento", afirma.
Em geral, reforça o analista do IBGE, Ivanilton Passos, a saída de atividade da maioria das empresas se dá pela "necessidade de capital, alto custo da produção e dos financiamentos, bem como necessidade de melhor capacitação e conhecimento do mercado". A esses fatores, acrescenta Passos, "se soma a excessiva carga tributária que contribui para o fechamento dessas empresas".
FALÊNCIAS
Ainda de acordo com o estudo, o Estado registrou a segunda maior taxa de empresas que saíram do mercado. "A taxa de falência e a de sobrevivência demonstram a fragilidade do mercado potiguar, conclui o analista.
O superintendente do Sebrae/RN, Zeca Melo, já havia sinalizado, em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, sobre a necessidade de criar um ambiente favorável as empresas no Rio Grande do Norte. "Facilitar a criação e instalação de empresas, simplificando os processos, desburocratizando, dando acesso e melhorando a oferta ao crédito", disse.
De acordo com o IBGE, as empresas maiores, com maior capital imobilizado, tendem a permanecer mais tempo no mercado, pois os custos de saída costumam ser elevados, dentre outros fatores.
Índice de empresas abertas e reabertas também é destaque
O estudo do IBGE mostra que, em 2010, o Rio Grande do Norte também teve o que comemorar. O estado registrou a segunda maior taxa do Nordeste de entrada em atividade de empresas. A taxa, de 25,9%, representa empresas abertas ou reabertas e ficou empatada com a de Pernambuco (veja o quadro).
De acordo com o estudo, segmentos como reparação de veículos automotores e motocicletas e a indústria de transformação registraram taxas de entrada superiores às de saídas em relação à contratação de pessoal, no período. Na primeira, 6.166 pessoas foram contratadas frente a taxa de saída (1,9%) de 1.881 pessoas. Na indústria de transformação, o saldo entre entradas (3,9%) e saídas (0,6%) foi de 2.456 empregos.
"Ao contrário do Ceará, Pernambuco e Bahia, que apresentam melhores desempenhos, o Rio Grande do Norte não tem um pólo industrial, isso justifica a maior migração de postos de trabalho para oficinas e comércio", observa Janduir Nóbrega. No Brasil, o estudo indica que em 2010 havia 4,5 milhões de empresas ativas, com idade média de 9,7 anos. O número de empresas registradas em 2010 superou o de 2009 em 6,1%, o que indica a entrada 261,7 mil empresas. A maior parte das novatas era de pequeno porte, porém, foram as maiores que demonstraram capacidade de resistir por mais tempo no mercado.
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