terça-feira, 14 de agosto de 2012


Barco de pesca some no mar do RN


Amigos e familiares dos seis tripulantes do Barco de Pesca JEFERSON I - que desapareceu na madrugada de domingo estão ansiosos em busca de notícias de Dênis, Zé Manoel, Hominho, João Maria da Silva e Francisco - os dois últimos são irmãos. No Canto do Mangue, os companheiros de profissão tentam descobrir o que poderia ter acontecido, já que todos são  experientes.
Aldair DantasBarco desaparecido é semelhante ao da fotografia acimaBarco desaparecido é semelhante ao da fotografia acima

"O último contato que mantive com eles foi no sábado de madrugada quando despachei as embarcações. Só sabemos o que foi passado pelo EMANUELLE no domingo e nada mais", disse Ubirajara Silva, cunhado de João Maria.

Todos eles são pescadores profissionais, estão na faixa etária de 30 a 50 anos. "A gente imagina várias situações, pode ter sido um buraco de onda - que é o espaço que fica entre uma onda e outra - poder ter sido uma batida com outro navio grande, as más condições do tempo... Só vamos saber quando o outro barco chegar", disse o mergulhador Juarez Rodrigues, que conhece todos os seis tripulantes.

A embarcação a qual ele se refere é a  EMANUELLE que estava próxima ao barco desaparecido. De acordo com a Capitania dos Portos, as duas embarcações estavam distante 4km uma da outra e a cerca de 200 km de Natal quando perderam o contato. "Pelas informações que os tripulantes da EMANUELLE nos deram, por volta das 20h30 um navio passou entre os dois barcos e depois disso não houve mais contato algum. Eles fizeram buscas e não tiveram nenhum sinal, nem da embarcação e nem dos tripulantes", explicou o capitão dos portos, o comandante Rodolfo Goes.

Ainda no domingo (12), a Marinha acionou a Comunidade Marítima local para apoio às buscas à embarcação. O navio Patrulha "Goiana" e uma avião da Força Aérea foram enviados até o local do desaparecimento. A chegada do Navio-Patrulha na área estava prevista para hoje à noite. Assim como a chegada a Natal dos tripulantes da embarcação EMANUELLE, mas até o fechamento desta matéria a Capitania dos Portos não possuía nenhuma nova informação.

A embarcação que naufragou tem aproximadamente 11 metros de comprimento e é feita de madeira. O casco é preto e superestrutura branca com uma faixa amarela de proa a popa. De acordo com os pescadores do Canto do Mangue não possuía bote salva vidas, apenas  boias com o nome da embarcação.

Segundo a Capitania dos Portos, nesta época do ano, em virtude dos fortes ventos é comum uma maior agitação do mar. Inclusive, a Marinha emitiu um alerta de ressaca até o próximo dia 15 de agosto quando poderão haver ondas de até três metros de altura. Por isso, é importante que qualquer embarcação verifique o material de segurança como boias, botes, geração de energia, bomba de esgoto.

Embarcação naufragou próximo a Fernando de Noronha

Uma outra embarcação, a Poty Boat, que seguia com carga do Recife para abastecer Fernando de Noronha, naufragou a caminho da ilha, na noite de sábado (11), nas proximidades da cidade de Cabedelo, na Paraíba. Todos os seis tripulantes foram resgatados com vida e sem ferimentos.  

Os tripulantes ficarem em um bote salva vidas até a chegada da embarcação Isabela que os trouxeram para  Natal. De acordo com a Capitania do Portos seguiram viagem ainda ontem para Recife.

"O acidente aconteceu por voltas das 16h do sábado e os seis tripulantes sobreviveram graças ao bote salva vidas da embarcação. É por isso que a gente fala tanto sobre a importância de se ter o material de segurança dos barcos em dia, seja ele de pesca ou de passeio", disse o capitão dos portos do RN, comandante Rodolfo Goes.

No início da manhã do sábado a tripulação informou, via rádio, que o Poty estava com problemas. Os problemas foram registrados há 57 milhas (cerca de 130 quilômetros) do Porto de Cabedelo. 

A embarcação tinha capacidade para transportar até 90 toneladas de cargas e a maior parte dos produtos transportados era de material de construção que seria utilizado na obra no Parque Nacional Marinho, trilhas e postos de informação e controle. 

 A Capitania dos Portos de Pernambuco vai abrir um inquérito para investigar as causas do acidente. 

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