Propostas para Natal - Transporte e Mobilidade
Margareth Grilo - Repórter especial
A política de transporte e mobilidade urbana é o segundo tema da série "Propostas para Natal", iniciada no domingo, 19. Nesta edição, os seis candidatos a prefeito de Natal, nas eleições de 7 de outubro, apresentam os projetos que defendem para melhorar o sistema de transporte, a malha viária da cidade e a mobilidade urbana. Entre os dias 1 e 6 de julho, a TRIBUNA DO NORTE publicou uma série de reportagem sobre os desafios que o novo administrador do município de Natal terá pela frente, e um dos temas foi exatamente o transporte e a mobilidade urbana.
Na série, especialistas ouvidos pela TN afirmaram que o sistema de transporte rodoviário está bastante defasado em relação às necessidades da capital e da região metropolitana, que hoje agrega mais de um milhão de habitantes, e tem um gerenciamento frágil. Nessa área, os especialistas são unânimes em afirmar que equacionar os gargalos da mobilidade urbana e atender bem, sobretudo, no setor de transporte público, é um dos maiores, senão o maior, desafio do próximo gestor.
Esses desafios exigem um planejamento integrado para a Região Metropolitana de Natal, que leve em conta os atuais tipos de transporte e a necessidade de definir uma proposta de política sistêmica, "que contemple o transporte em sua totalidade, incluindo outros modais". A demora nos deslocamentos, os longos congestionamentos e a falta de acesso ao transporte, são problemas recorrentes, no atual modelo, e se agravaram, nos últimos anos.
Para se ter ideia, entre 2000 e 2010, a população de Natal cresceu 12,83%, enquanto o número de viagens diárias de ônibus, por exemplo, aumentou em apenas 2,17%, seis vezes menos. Com 322 mil veículos circulando nas ruas, Natal detém quase metade da frota de todo o Estado. Diante dos desafios elencados, os prefeitáveis enumeram soluções e propõem, além da restruturação do sistema de transporte, a reordenação da malha viária. A maioria promete fazer a opção, dentro do planejamento de mobilidade urbana, pelo transporte público de massa.
HERMANO MORAIS PMDB - O transporte público é um direito essencial do cidadão, especialmente, aquele trabalhador, trabalhadora ou o estudante que não dispõe de um veículo próprio e precisa de um transporte eficiente, pontual e acessível. Infelizmente, nosso sistema deixa a desejar. Nós não temos veículos bem conservados, não temos a pontualidade, não temos à disposição da população transporte durante às 24 horas. Então, vamos garantir isso à população. Vamos recuperar toda a malha viária, que tem prejudicado e atrasado a vida do natalense, garantindo também corredores exclusivos para o transporte coletivo. Já temos hoje cerca de 300 mil veículos circulando na nossa cidade, e precisamos fazer uma política integrada, que tenha o transporte rodoviário, mas também inclua veículos leves sobre trilhos. Vamos fazer uma política integrada com a região metropolitana, buscando soluções pontuais para o trânsito, mas principalmente buscando a eficiência do transporte público. Precisamos realmente melhorar o atendimento à população nesse setor.
FERNANDO MINEIRO PT - Nós vamos retomar os projetos de obras de mobilidade, que são estruturantes, e que independem da Copa. A prioridade deles e o papel que eles têm é para mudar a relação com o trânsito e com o transporte de nossa cidade. Vamos trabalhar com prioridade para o transporte público coletivo. Nesse sentido, temos um conjunto de proposições para criar os corredores articulados, exclusivo para ônibus e com ônibus articulados. Vamos trabalhar o famoso BRT. Teremos uma ação proativa na questão do Veículo Leve sobre Trilhos e para isso vamos convocar o Governo do Estado, os municípios da região metropolitana, tanto ao sul, como ao norte de nossa cidade, para pensar a questão do VLT, e vamos implementar o plano de ciclovias. É preciso pensar a sinalização, abrir vias alternativas para incentivar que as pessoas recorram menos ao transporte privado e mais ao transporte público. Para tanto, é preciso também reorganizar o nosso órgão gestor, a Semob, para termos condições de construir um sistema que garanta qualidade de vida para a população.
ROBERTO LOPES PCB - Transporte não é para dar lucro. Transporte é para o povo. Criaremos os conselhos populares para discutir com a população alternativas viáveis de transporte público. Integraremos a região metropolitana através de um transporte de qualidade. Precisamos investir em alternativas de transporte, como VLTs, ciclovias. É preciso garantir o transporte gratuito para idoso, estudantes, deficientes físicos e desempregados. É preciso garantir o transporte noturno, em horários regulares. A gente não pode sair do trabalho de madrugada e não ter transporte para ir para casa. É preciso criar uma empresa pública para que norteie a linha do transporte público. É preciso rever a questão da tarifa atual. Discutir transporte de massa é baixar o preço da passagem. A gente não aceita essa passagem cara. No governo do PCB nós vamos vamos desenvolver ciclovias, como alternativas de mobilidade urbana, e construir uma ponte que ligue o Baldo ao Potengi, porque é importante desafogar o trânsito. Construiremos também edifícios estacionamentos, para desafogar o centro da cidade.
CARLOS EDUARDO PDT - No transporte é notório que estamos com problemas e temos como resolver isso. Temos como resolver através de túneis, de viadutos, com o BRT, com a faixa exclusiva de ônibus. Temos também o projeto do binário, que é extremamente importante. Nós pensamos em fazer, nas horas de engarrafamento, principalmente, de manhã e mais pra o final da tarde e início da noite, que as avenidas Hermes da Fonseca e Prudente de Morais sejam mão única, em sentidos contrários. Os técnicos de nossa campanha estão estudando isso para saber com precisão qual a melhor maneira de executar esse binário. Tem também o Pro-transporte, da zona norte, que precisa ser resgatado, porque é um projeto que vai reestruturar a mobilidade urbana, toda essa área de trânsito e transporte na zona norte de nossa cidade, que é tão problemática. Então temos esses projetos e tenho toda a certeza de que vamos poder dar uma contribuição grande para fazer com que esse trânsito de nossa cidade não cause tantos transtornos e atrasos na vida das pessoas, como causa hoje.
ROBÉRIO PAULINO PSOL - A cidade está totalmente esburacada e nós queremos fazer um grande mutirão, com a contratação de trabalhadores em regime de bolsa, temporários, para poder tapar os buracos, porque os buracos quebram os ônibus, quebram os carros, e têm levado ao aumento da demora no deslocamento das pessoas. É preciso repensar todo modelo, como uma coisa sistêmica integrada, com outros tipos de transporte que não seja apenas o rodoviário, e também repensar o modelo baseado no automóvel. Temos que estimular as pessoas a deixar o automóvel em casa, desde que tenham um transporte de massa eficiente, confortável, e isso é possível. Nossa proposta é criar uma Empresa Municipal de Transporte para disputar a licitação e, ao mesmo tempo, vamos exigir das empresas de transporte a renovação e ampliação da frota. Vamos rasgar ciclovias em toda a cidade, pensar o transporte ferroviário, enfim, repensar todo o modelo de mobilidade urbana, com prioridade para o pedestre, para que a cidade flua e não esteja travada como está hoje em dia.
ROGÉRIO MARINHO PSDB - Esse é um problema que vem afetando a população como um todo. Existem medidas a curto, médio e longo prazo. De curto prazo, vamos estabelecer através de um consórcio intermunicipal centrais de carga nos principais acessos de Natal, para impedir que veículos de grande porte possam trafegar dentro da cidade e fazer carga e descarga entre seis da manhã e dez da noite. Nós vamos também colocar câmeras nos principais semáforos da cidade para permitir uma gestão inteligente do trânsito, para fazer a semaforização, que é a onda verde, e a inversão de fluxo no horário de grande movimento. A opção que vamos fazer é pelo transporte público de massa. Isso significa estabelecer nas diversas áreas da cidade, corredores exclusivos de ônibus e taxi. A médio prazo vamos trabalhar com intervenções no nosso sistema viário, com passagem de níveis e costumização de ruas, no sentido leste/oeste. Avenidas como Antônio Basílio, Miguel Castro e Nascimento de Castro podem e devem ser trabalhadas até a Napoleão Laureano, que dá acesso a Felizardo Moura, e a zona norte.
A política de transporte e mobilidade urbana é o segundo tema da série "Propostas para Natal", iniciada no domingo, 19. Nesta edição, os seis candidatos a prefeito de Natal, nas eleições de 7 de outubro, apresentam os projetos que defendem para melhorar o sistema de transporte, a malha viária da cidade e a mobilidade urbana. Entre os dias 1 e 6 de julho, a TRIBUNA DO NORTE publicou uma série de reportagem sobre os desafios que o novo administrador do município de Natal terá pela frente, e um dos temas foi exatamente o transporte e a mobilidade urbana.
Alberto LeandroPrefeitáveis discorrem sobre propostas para a mobilidade urbana
Na série, especialistas ouvidos pela TN afirmaram que o sistema de transporte rodoviário está bastante defasado em relação às necessidades da capital e da região metropolitana, que hoje agrega mais de um milhão de habitantes, e tem um gerenciamento frágil. Nessa área, os especialistas são unânimes em afirmar que equacionar os gargalos da mobilidade urbana e atender bem, sobretudo, no setor de transporte público, é um dos maiores, senão o maior, desafio do próximo gestor.
Esses desafios exigem um planejamento integrado para a Região Metropolitana de Natal, que leve em conta os atuais tipos de transporte e a necessidade de definir uma proposta de política sistêmica, "que contemple o transporte em sua totalidade, incluindo outros modais". A demora nos deslocamentos, os longos congestionamentos e a falta de acesso ao transporte, são problemas recorrentes, no atual modelo, e se agravaram, nos últimos anos.
Para se ter ideia, entre 2000 e 2010, a população de Natal cresceu 12,83%, enquanto o número de viagens diárias de ônibus, por exemplo, aumentou em apenas 2,17%, seis vezes menos. Com 322 mil veículos circulando nas ruas, Natal detém quase metade da frota de todo o Estado. Diante dos desafios elencados, os prefeitáveis enumeram soluções e propõem, além da restruturação do sistema de transporte, a reordenação da malha viária. A maioria promete fazer a opção, dentro do planejamento de mobilidade urbana, pelo transporte público de massa.
HERMANO MORAIS PMDB - O transporte público é um direito essencial do cidadão, especialmente, aquele trabalhador, trabalhadora ou o estudante que não dispõe de um veículo próprio e precisa de um transporte eficiente, pontual e acessível. Infelizmente, nosso sistema deixa a desejar. Nós não temos veículos bem conservados, não temos a pontualidade, não temos à disposição da população transporte durante às 24 horas. Então, vamos garantir isso à população. Vamos recuperar toda a malha viária, que tem prejudicado e atrasado a vida do natalense, garantindo também corredores exclusivos para o transporte coletivo. Já temos hoje cerca de 300 mil veículos circulando na nossa cidade, e precisamos fazer uma política integrada, que tenha o transporte rodoviário, mas também inclua veículos leves sobre trilhos. Vamos fazer uma política integrada com a região metropolitana, buscando soluções pontuais para o trânsito, mas principalmente buscando a eficiência do transporte público. Precisamos realmente melhorar o atendimento à população nesse setor.
FERNANDO MINEIRO PT - Nós vamos retomar os projetos de obras de mobilidade, que são estruturantes, e que independem da Copa. A prioridade deles e o papel que eles têm é para mudar a relação com o trânsito e com o transporte de nossa cidade. Vamos trabalhar com prioridade para o transporte público coletivo. Nesse sentido, temos um conjunto de proposições para criar os corredores articulados, exclusivo para ônibus e com ônibus articulados. Vamos trabalhar o famoso BRT. Teremos uma ação proativa na questão do Veículo Leve sobre Trilhos e para isso vamos convocar o Governo do Estado, os municípios da região metropolitana, tanto ao sul, como ao norte de nossa cidade, para pensar a questão do VLT, e vamos implementar o plano de ciclovias. É preciso pensar a sinalização, abrir vias alternativas para incentivar que as pessoas recorram menos ao transporte privado e mais ao transporte público. Para tanto, é preciso também reorganizar o nosso órgão gestor, a Semob, para termos condições de construir um sistema que garanta qualidade de vida para a população.
ROBERTO LOPES PCB - Transporte não é para dar lucro. Transporte é para o povo. Criaremos os conselhos populares para discutir com a população alternativas viáveis de transporte público. Integraremos a região metropolitana através de um transporte de qualidade. Precisamos investir em alternativas de transporte, como VLTs, ciclovias. É preciso garantir o transporte gratuito para idoso, estudantes, deficientes físicos e desempregados. É preciso garantir o transporte noturno, em horários regulares. A gente não pode sair do trabalho de madrugada e não ter transporte para ir para casa. É preciso criar uma empresa pública para que norteie a linha do transporte público. É preciso rever a questão da tarifa atual. Discutir transporte de massa é baixar o preço da passagem. A gente não aceita essa passagem cara. No governo do PCB nós vamos vamos desenvolver ciclovias, como alternativas de mobilidade urbana, e construir uma ponte que ligue o Baldo ao Potengi, porque é importante desafogar o trânsito. Construiremos também edifícios estacionamentos, para desafogar o centro da cidade.
CARLOS EDUARDO PDT - No transporte é notório que estamos com problemas e temos como resolver isso. Temos como resolver através de túneis, de viadutos, com o BRT, com a faixa exclusiva de ônibus. Temos também o projeto do binário, que é extremamente importante. Nós pensamos em fazer, nas horas de engarrafamento, principalmente, de manhã e mais pra o final da tarde e início da noite, que as avenidas Hermes da Fonseca e Prudente de Morais sejam mão única, em sentidos contrários. Os técnicos de nossa campanha estão estudando isso para saber com precisão qual a melhor maneira de executar esse binário. Tem também o Pro-transporte, da zona norte, que precisa ser resgatado, porque é um projeto que vai reestruturar a mobilidade urbana, toda essa área de trânsito e transporte na zona norte de nossa cidade, que é tão problemática. Então temos esses projetos e tenho toda a certeza de que vamos poder dar uma contribuição grande para fazer com que esse trânsito de nossa cidade não cause tantos transtornos e atrasos na vida das pessoas, como causa hoje.
ROBÉRIO PAULINO PSOL - A cidade está totalmente esburacada e nós queremos fazer um grande mutirão, com a contratação de trabalhadores em regime de bolsa, temporários, para poder tapar os buracos, porque os buracos quebram os ônibus, quebram os carros, e têm levado ao aumento da demora no deslocamento das pessoas. É preciso repensar todo modelo, como uma coisa sistêmica integrada, com outros tipos de transporte que não seja apenas o rodoviário, e também repensar o modelo baseado no automóvel. Temos que estimular as pessoas a deixar o automóvel em casa, desde que tenham um transporte de massa eficiente, confortável, e isso é possível. Nossa proposta é criar uma Empresa Municipal de Transporte para disputar a licitação e, ao mesmo tempo, vamos exigir das empresas de transporte a renovação e ampliação da frota. Vamos rasgar ciclovias em toda a cidade, pensar o transporte ferroviário, enfim, repensar todo o modelo de mobilidade urbana, com prioridade para o pedestre, para que a cidade flua e não esteja travada como está hoje em dia.
ROGÉRIO MARINHO PSDB - Esse é um problema que vem afetando a população como um todo. Existem medidas a curto, médio e longo prazo. De curto prazo, vamos estabelecer através de um consórcio intermunicipal centrais de carga nos principais acessos de Natal, para impedir que veículos de grande porte possam trafegar dentro da cidade e fazer carga e descarga entre seis da manhã e dez da noite. Nós vamos também colocar câmeras nos principais semáforos da cidade para permitir uma gestão inteligente do trânsito, para fazer a semaforização, que é a onda verde, e a inversão de fluxo no horário de grande movimento. A opção que vamos fazer é pelo transporte público de massa. Isso significa estabelecer nas diversas áreas da cidade, corredores exclusivos de ônibus e taxi. A médio prazo vamos trabalhar com intervenções no nosso sistema viário, com passagem de níveis e costumização de ruas, no sentido leste/oeste. Avenidas como Antônio Basílio, Miguel Castro e Nascimento de Castro podem e devem ser trabalhadas até a Napoleão Laureano, que dá acesso a Felizardo Moura, e a zona norte.
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