sábado, 10 de novembro de 2012


'Remédio' da presidente Dilma prejudica governadores



  • Lúcio Távora | Ag. A TARDE
    Presidente anuncia ações contra seca, mas gestores estaduais reclamam
A presidente Dilma Rousseff reconheceu, nesta sexta-feira, 9, para os governadores dos estados nordestinos que a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) teria efeitos ruins para estados e municípios, mas defendeu que "o remédio teria que ser aplicado". A presidente aproveitou a reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste, realizada em Salvador, para aplicar "uma vacina" nos governadores, segundo o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
De acordo com Campos, a presidente sabe das dificuldades que a perda de receita causou e disse que "as desonerações eram necessárias para a economia, sabia que isso tinha efeito e iria ter atenção em relação aos efeitos, mas o remédio teria que ser aplicado". "Alguns governadores falaram do momento crítico de coincidir seca de água e seca de recursos, pela queda da arrecadação dos municípios da região da seca, que basicamente dependem do FPM, que no último mês caiu 20%", contou o pernambucano.
Durante o discurso, a presidente avisou que não vai deixar "que o Nordeste volte atrás" no seu desenvolvimento em função da  seca que afeta a região. Ela chegou a insinuar que a longa estiagem poderia ser uma oportunidade de desenvolvimento. "Vamos usar essa seca para avançar mais. Acho que aumenta nosso compromisso: nós vamos resolver, estruturalmente, o problema da seca. Esse é o compromisso que sai dessa reunião", disse.

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