terça-feira, 27 de novembro de 2012


Criação de faisões preserva variedades da ave exótica


Médico Jorge Coelho se dedica à criação da ave que conquista pela variedade dentro da própria espécie

Juazeiro do Norte As variedades das aves da espécie faisão estão sendo preservadas na região do Cariri. No Juazeiro do Norte, apenas um criador tem mais de 100 unidades puras, entre elas, algumas são raras, como as de nepal, layd e do venerado. Todas estão em período de reprodução. Há cerca de seis anos, o médico Jorge Coelho iniciou o cativeiro. Para isso, ele buscou comprar as matrizes no Sudeste do País, onde há maior quantidade de criadores e investiu na genética da raça. 

A ave pode ocupar vários habitats, por isso adaptou-se muito bem ao Cariri 
Atualmente, em sua chácara, ele disponibiliza 18 viveiros, adequados para cada uma das posturas. Como esta é uma raça que não está em processo de extinção, a criação em cativeiro é autorizada no País. O gosto pelos animais fez do médico um criador de diversas espécies exóticas. Jorge Coelho chega a investir aproximadamente R$ 2 mil, apenas na manutenção e alimentação dos faisões. No mundo, existem 49 variedades puras. Entretanto, ainda há cerca de 160 subespécies, fruto de cruzamentos entre as 49 primárias.

Representatividade
Das primeiras, ele detêm sete e sua criação está entre as mais representativas da região. Para ampliar o cativeiro, há cerca de dois anos, Jorge vem procurando outras posturas da ave. Durante a última Exposição Centro Nordestina de Animais e Produtos Derivados (Expocrato), realizada em julho deste ano, ele renovou as unidades, vendeu as aves excedentes e trocou algumas outras por variedades que ainda não tinha, como as de faisão dourado e layd.

A característica é beleza exuberante dos machos, com grande variedade de cores e tons metálicos Fotos: Yaçanã Neponucena
De acordo com o criador Jorge Coelho, os pequenos cativeiros são prazerosos. "Crio por puro prazer. Gosto de apreciar a beleza e quero preservar a ave. Mas, financeiramente, não tenho nenhuma vantagem. Acredito que é importante estimular os novos criadores para que possam reproduzir as variedades da espécie", revela.

Uma espécie de faisão pode custar de R$ 250 a R$15 mil, por casal. Na criação local, a variedade de preço mais alto está estimada em R$ 3 mil. Mas, o valor depende do grau de beleza e raridade das posturas.

Alimentação
Em cativeiro, a base alimentar deste tipo de animal é feita geralmente de ração específica. Diariamente, cada ave consome cerca de 100 gramas, mas a alimentação ainda é complementada por frutas e verduras. O faisão é proveniente de ambientes quentes, temperados e frios. A ave de origem galliformes pode ocupar vários habitats, por isso adaptou-se muito bem ao clima da região. Tem corpo robusto e pernas e asas curtas. A característica marcante é a beleza exuberante dos machos, com grande variedade de cores, com nuances metálicas. Já as fêmeas têm cores escuras e discretas, contrária à plumagem do sexo oposto.

O criatório mantido em Juazeiro do Norte tem 18 viveiros adequados para cada uma das posturas, com as mais belas raças existentes para a ave
Reprodução
A espécie pode viver até 20 anos. Sua fase de reprodução é iniciada entre o primeiro e segundo ano de vida. O período de produção de ovos é entre os meses de setembro e dezembro. Nesta época, os casais precisam ser separados. Algumas variações são monogâmicas e outras formam bandos, onde um macho procria com cinco fêmeas.

No Brasil, os Estados de maior produção da ave são os das regiões Sul e Sudeste. No Nordeste, Pernambuco lidera na quantidade de unidades. Já no Ceará, os criadores mais representativos estão na Capital e dedicam-se, mais especificamente, às aves de abate.

Para iniciar uma pequena criação, não é necessário grandes investimentos. Atualmente, cerca de cinco casais das variedades mais simples, junto com viveiros e chocadeiras, podem ser adquiridos, em média, por R$3 mil
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