Foguete da Coreia do Norte é lançado e cai no mar logo em seguida
Governo norte-coreano confirma fracasso da operação, criticada pela
comunidade internacional. Foguete voou por menos de dois minutos, antes de se
desintegrar e cair no Mar Amarelo.
Após semanas de promessas, a Coreia do Norte lançou nesta sexta-feira (13/04) um foguete de longo alcance, que se desintegrou logo em seguida, ao tentar sair da atmosfera terrestre. Parte dos destroços caiu no Mar Amarelo. O governo norte-coreano confirmou o fracasso da operação.
O foguete, que, segundo a Coreia do Norte, carregava um satélite meteorológico, caiu no mar entre a Península da Coreia e a China, após voar cerca de 120 quilômetros, segundo informações da Coreia do Sul e dos EUA. O foguete ficou no ar por menos de dois minutos.
Autoridades norte-coreanas argumentaram que o lançamento não utilizou mísseis proibidos e que o país tem o direito de lançar um satélite para comemorar o centenário de nascimento de Kim Il-Sung, avô do atual ditador.
Críticas internacionais
Vários líderes mundiais desaprovaram a operação, afirmando se tratar de um ato provocativo. Os ministros do Exterior do G8, reunidos em Washington, condenaram o lançamento, que, segundo eles, viola as resoluções de segurança da ONU.
"A Coreia do Norte está se isolando ainda mais com estes atos provocativos e apenas gastando dinheiro em armas e propaganda, enquanto os norte-coreanos estão passando fome", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Ele afirmou que qualquer atividade envolvendo mísseis por parte da Coreia do Norte preocupa a comunidade internacional.
"Condeno a tentativa de lançamento do foguete pela Coreia do Norte. Trata-se de uma violação dos compromissos internacionais e irá elevar as tensões na Península Coreana", disse o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, em Nova York. Ele apelou por uma forte resposta por parte do Conselho de Segurança da ONU.
A China, aliada da Coreia do Norte, foi comedida nos comentários, mas se declarou preocupada. "Pensamos que paz e estabilidade são importantes na região", disse o embaixador chinês Li Baodong. "Precisamos fazer tudo o que for possível para acabar com a tensão e não inflamar ainda mais a situação."
A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse não ter dúvidas de que a Coreia do Norte está usando tecnologia de mísseis balísticos e isso mostra uma "escolha clara". "Ela [Coreia do Norte] pode buscar e colher os benefícios de laços mais estreitos com a comunidade internacional, inclusive com os Estados Unidos, ou pode continuar a enfrentar pressão e isolamento", afirmou Clinton.
O ministro do Exterior da Coreia do Sul, Kim Sung-Hwan, disse que as ações são uma clara "violação das resoluções da ONU, que proíbem qualquer lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos. Isso é um ato de provocação e ameaça a paz e a segurança".
O Conselho de Segurança da ONU fará um encontro de emergência nesta sexta-feira, na qual abordará também o lançamento do foguete norte-coreano.
KR/lusa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler
Após semanas de promessas, a Coreia do Norte lançou nesta sexta-feira (13/04) um foguete de longo alcance, que se desintegrou logo em seguida, ao tentar sair da atmosfera terrestre. Parte dos destroços caiu no Mar Amarelo. O governo norte-coreano confirmou o fracasso da operação.
O foguete, que, segundo a Coreia do Norte, carregava um satélite meteorológico, caiu no mar entre a Península da Coreia e a China, após voar cerca de 120 quilômetros, segundo informações da Coreia do Sul e dos EUA. O foguete ficou no ar por menos de dois minutos.
Autoridades norte-coreanas argumentaram que o lançamento não utilizou mísseis proibidos e que o país tem o direito de lançar um satélite para comemorar o centenário de nascimento de Kim Il-Sung, avô do atual ditador.
Críticas internacionais
Vários líderes mundiais desaprovaram a operação, afirmando se tratar de um ato provocativo. Os ministros do Exterior do G8, reunidos em Washington, condenaram o lançamento, que, segundo eles, viola as resoluções de segurança da ONU.
"A Coreia do Norte está se isolando ainda mais com estes atos provocativos e apenas gastando dinheiro em armas e propaganda, enquanto os norte-coreanos estão passando fome", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Ele afirmou que qualquer atividade envolvendo mísseis por parte da Coreia do Norte preocupa a comunidade internacional.
"Condeno a tentativa de lançamento do foguete pela Coreia do Norte. Trata-se de uma violação dos compromissos internacionais e irá elevar as tensões na Península Coreana", disse o ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, em Nova York. Ele apelou por uma forte resposta por parte do Conselho de Segurança da ONU.
A China, aliada da Coreia do Norte, foi comedida nos comentários, mas se declarou preocupada. "Pensamos que paz e estabilidade são importantes na região", disse o embaixador chinês Li Baodong. "Precisamos fazer tudo o que for possível para acabar com a tensão e não inflamar ainda mais a situação."
A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, disse não ter dúvidas de que a Coreia do Norte está usando tecnologia de mísseis balísticos e isso mostra uma "escolha clara". "Ela [Coreia do Norte] pode buscar e colher os benefícios de laços mais estreitos com a comunidade internacional, inclusive com os Estados Unidos, ou pode continuar a enfrentar pressão e isolamento", afirmou Clinton.
O ministro do Exterior da Coreia do Sul, Kim Sung-Hwan, disse que as ações são uma clara "violação das resoluções da ONU, que proíbem qualquer lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos. Isso é um ato de provocação e ameaça a paz e a segurança".
O Conselho de Segurança da ONU fará um encontro de emergência nesta sexta-feira, na qual abordará também o lançamento do foguete norte-coreano.
KR/lusa/afp/rtr
Revisão: Alexandre Schossler
Nenhum comentário:
Postar um comentário