sábado, 14 de abril de 2012


Comércio do RN cresce, mas desempenho ainda é ruim


O volume de vendas do comércio potiguar registrou crescimento de 5,6% em fevereiro, em relação ao mesmo período do ano passado. O número, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa recuperação em relação à janeiro deste ano - quando houve recuo de 1,2% - mas foi, ainda assim, o segundo mais baixo do Nordeste, ficando na frente apenas do Ceará, com 4,9% de crescimento. Quando se considera as vendas do setor mais o volume comercializado pelas lojas de veículos e materiais de construção o cenário, no Rio Grande do Norte, também não é positivo e mostra redução de 1% no volume vendido, sobre fevereiro de 2011.

"A retração de 5,2% nas vendas do setor de automóveis foi determinante para o desempenho negativo no período", afirma a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomercio RN), em nota.

Os números, segundo a Federação, ficaram dentro do esperado e apontam que os crescimentos registrados em 2012 tendem a ser bem menores que os de 2011. "Já tínhamos dados preliminares de que as vendas do segmento automotivo estavam em queda e que havia uma tendência de estabilidade no setor de Materiais de Construção em fevereiro. Sabíamos que estes dois indicadores iriam pesar muito no dado final. Além disso, com o fraco desempenho do setor turístico, nossas expectativas para o restante do varejo não eram das melhores. Crescer 5,6% eu até diria que foi uma surpresa positiva para nós", afirmou o presidente da entidade, Marcelo Queiroz.

O aumento de vendas no varejo restrito - que não inclui veículos e materiais de construção - teria se dado sobretudo devido a algumas promoções realizadas pelo varejo e também por questões mais sazonais em alguns segmentos como o de livrarias e supermercados. "Certamente, se tivéssemos conseguido trazer mais turistas para Natal os meses de janeiro e fevereiro teriam registrado números muito melhores", acrescentou ele ainda".

Para março, a expectativa é de que o desempenho melhore na esteira da recuperação dos setores de automóveis e materiais de construção, além dos reflexos dos novos incentivos (redução de IPI) autorizados pelo governo federal (foram incluídos entre os beneficiados com redução do imposto setores como móveis e decoração e prorrogadas as isenções para a chamada linha branca). No Brasil, na comparação com fevereiro de 2011, as vendas do varejo tiveram alta de 9,6% este ano. Incluindo materiais de construção e veículos, houve alta de 2,5% .

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