Os Estados Unidos enviaram formalmente a julgamento nesta quarta-feira cinco supostos membros da rede extremista Al-Qaeda suspeitos de planejarem os atentados de 11 de setembro de 2001 contra Nova York e Washington.
Entre os detidos estão o acusado de ser o mentor dos ataques, Khalid Sheikh Mohammed, e outros quatro militantes, Waleed bin Attash, Ramzi Binalshibh, Ali Abd al-Aziz Ali e Mustafa Ahmad al-Hawsawi.
Os suspeitos estão presos no centro de detenção americano na Baía de Guantánamo, em Cuba, e serão julgados por uma comissão militar. Se considerados culpados, poderão ser condenados à morte.
A decisão foi anunciada após uma longa uma batalha legal para definir onde os acusados deveriam ser julgados. O julgamento por uma comissão militar foi iniciado ainda durante o governo do então presidente George W. Bush.
Quando assumiu o poder, Barack Obama interrompeu o julgamento, como parte de seus esforços - ainda não concretizados - para fechar a prisão de Guantánamo.
Em 2010, as acusações iniciais contra os cinco suspeitos foram formalmente retiradas, já que o governo Obama pretendia que eles fossem julgados em um tribunal civil, em Nova York.
No entanto, essa ideia provocou fortes reações de oposição nos EUA, especialmente no Congresso, e em abril do ano passado o secretário de Justiça, Eric Holder, anunciou que o caso estava sendo enviado novamente aos militares.
Os suspeitos deverão ouvir as acusações contra eles em 30 dias. Eles são acusados de diversos crimes, entre eles terrorismo, sequestro, conspiração, assassinato e destruição de propriedade.
Khalid Sheikh Mohammed
Descrito pela inteligência americana como "um dos piores terroristas da História", o militante islâmico admitiu ter sido responsável "de A a Z" pelos ataques de 11 de setembro de 2001 e também confessou seu papel em 30 outros planos de atentados, incluindo alvos como o Big Ben e o aeroporto de Heathrow, em Londres.
Nascido no Kuwait, de origens paquistanesa, Mohammed formou-se nos EUA e pouco depois viajou ao Afeganistão, onde teria encontrado Osama bin Laden pela primeira vez durante manobras contra os soviéticos.
Anos atrás, o ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf afirmou ter indícios de que o militante também teria atuado no planejamento dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.
Waleed bin Attash
O iemenita Waleed bin Attash admitiu, segundo o Pentágono, ter sido o mentor de um ataque ocorrido em 2000 ao navio de guerra americano USS Cole, no Iêmen, que matou 17 marinheiros.
Segundo seu depoimento na prisão de Guantánamo, ele teria confessado ainda ter participado do planejamento de ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998, quando 213 pessoas morreram.
Tendo um papel importante na Al-Qaeda entre 1998 até sua captura em 2003, o militante islâmico teria atuado como guarda-costas de Osama bin Laden.
Ramzi Binalshibh
Supostamente um membro chave da célula da Al-Qaeda em Hamburgo, na Alemanha, o militante extremista recebeu asilo do governo alemão nos anos 1990.
De acordo com a inteligência americana, ele se encontrou com Mohammed Atta (líder da divisão em solo alemão e o principal sequestrador a bordo dos aviões), e dois outros sequestradores em 1997. Dois anos depois os quatro viajaram ao Afeganistão, onde se encontraram com Osama bin Laden.
Inicialmente o militante deveria ter sido um dos sequestradores, mas não obteve visto americano. Entrevistado pela Al-Jazeera, emissora internacional com base no Catar, ele mostrou souvenires do 11/9 ao repórter, incluindo um manual de instrução de voo assinado por Mohammed Atta.
Ali Abd al-Aziz Ali
Também conhecido como Ammar al-Baluchi, o militante extremista foi acusado de servir como um dos auxiliares mais próximos de Khalid Sheikh Mohammed (seu tio), durante os ataques de 11 de setembro de 2001.
Criado no Kuwait, seu mentor teria sido Ramzi Yousef, detido nos Estados Unidos em 1993 pelo ataque a bomba no World Trade Center.
De acordo com a inteligência americana, o militante entregou recursos aos sequestradores e, com a prisão de seu tio, teria assumido os planos para ataques ao aeroporto de Heathrow, em Londres, e alvos ocidentais, como embaixadas, em Karachi, no Paquistão.
Mustafa Ahmad al-Hawsawi
Segundo a inteligência americana, o militante nascido na Arábia Saudita teria sido um dos elementos cruciais para a obtenção dos recursos financeiros para os ataques.
Capturado no Paquistão em 2003, o extremista teria se encontrado com Osama bin Laden pouco após os atentados de 11 de setembro de 2001, assim como outros membros da cúpula da Al Qaeda.
De acordo com informações divulgadas pelo governo americano, foram encontrados elos financeiros entre o militante, outros suspeitos de planejar os ataques e alguns dos próprios sequestradores (alguns dos quais teriam tido passagens e outros detalhes da viagem para os EUA organizados por ele).
Entre os detidos estão o acusado de ser o mentor dos ataques, Khalid Sheikh Mohammed, e outros quatro militantes, Waleed bin Attash, Ramzi Binalshibh, Ali Abd al-Aziz Ali e Mustafa Ahmad al-Hawsawi.
Os suspeitos estão presos no centro de detenção americano na Baía de Guantánamo, em Cuba, e serão julgados por uma comissão militar. Se considerados culpados, poderão ser condenados à morte.
A decisão foi anunciada após uma longa uma batalha legal para definir onde os acusados deveriam ser julgados. O julgamento por uma comissão militar foi iniciado ainda durante o governo do então presidente George W. Bush.
Quando assumiu o poder, Barack Obama interrompeu o julgamento, como parte de seus esforços - ainda não concretizados - para fechar a prisão de Guantánamo.
Em 2010, as acusações iniciais contra os cinco suspeitos foram formalmente retiradas, já que o governo Obama pretendia que eles fossem julgados em um tribunal civil, em Nova York.
No entanto, essa ideia provocou fortes reações de oposição nos EUA, especialmente no Congresso, e em abril do ano passado o secretário de Justiça, Eric Holder, anunciou que o caso estava sendo enviado novamente aos militares.
Os suspeitos deverão ouvir as acusações contra eles em 30 dias. Eles são acusados de diversos crimes, entre eles terrorismo, sequestro, conspiração, assassinato e destruição de propriedade.
Khalid Sheikh Mohammed
Descrito pela inteligência americana como "um dos piores terroristas da História", o militante islâmico admitiu ter sido responsável "de A a Z" pelos ataques de 11 de setembro de 2001 e também confessou seu papel em 30 outros planos de atentados, incluindo alvos como o Big Ben e o aeroporto de Heathrow, em Londres.
Nascido no Kuwait, de origens paquistanesa, Mohammed formou-se nos EUA e pouco depois viajou ao Afeganistão, onde teria encontrado Osama bin Laden pela primeira vez durante manobras contra os soviéticos.
Anos atrás, o ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf afirmou ter indícios de que o militante também teria atuado no planejamento dos atentados de 7 de julho de 2005 em Londres.
Waleed bin Attash
O iemenita Waleed bin Attash admitiu, segundo o Pentágono, ter sido o mentor de um ataque ocorrido em 2000 ao navio de guerra americano USS Cole, no Iêmen, que matou 17 marinheiros.
Segundo seu depoimento na prisão de Guantánamo, ele teria confessado ainda ter participado do planejamento de ataques às embaixadas dos Estados Unidos no Quênia e na Tanzânia, em 1998, quando 213 pessoas morreram.
Tendo um papel importante na Al-Qaeda entre 1998 até sua captura em 2003, o militante islâmico teria atuado como guarda-costas de Osama bin Laden.
Ramzi Binalshibh
Supostamente um membro chave da célula da Al-Qaeda em Hamburgo, na Alemanha, o militante extremista recebeu asilo do governo alemão nos anos 1990.
De acordo com a inteligência americana, ele se encontrou com Mohammed Atta (líder da divisão em solo alemão e o principal sequestrador a bordo dos aviões), e dois outros sequestradores em 1997. Dois anos depois os quatro viajaram ao Afeganistão, onde se encontraram com Osama bin Laden.
Inicialmente o militante deveria ter sido um dos sequestradores, mas não obteve visto americano. Entrevistado pela Al-Jazeera, emissora internacional com base no Catar, ele mostrou souvenires do 11/9 ao repórter, incluindo um manual de instrução de voo assinado por Mohammed Atta.
Ali Abd al-Aziz Ali
Também conhecido como Ammar al-Baluchi, o militante extremista foi acusado de servir como um dos auxiliares mais próximos de Khalid Sheikh Mohammed (seu tio), durante os ataques de 11 de setembro de 2001.
Criado no Kuwait, seu mentor teria sido Ramzi Yousef, detido nos Estados Unidos em 1993 pelo ataque a bomba no World Trade Center.
De acordo com a inteligência americana, o militante entregou recursos aos sequestradores e, com a prisão de seu tio, teria assumido os planos para ataques ao aeroporto de Heathrow, em Londres, e alvos ocidentais, como embaixadas, em Karachi, no Paquistão.
Mustafa Ahmad al-Hawsawi
Segundo a inteligência americana, o militante nascido na Arábia Saudita teria sido um dos elementos cruciais para a obtenção dos recursos financeiros para os ataques.
Capturado no Paquistão em 2003, o extremista teria se encontrado com Osama bin Laden pouco após os atentados de 11 de setembro de 2001, assim como outros membros da cúpula da Al Qaeda.
De acordo com informações divulgadas pelo governo americano, foram encontrados elos financeiros entre o militante, outros suspeitos de planejar os ataques e alguns dos próprios sequestradores (alguns dos quais teriam tido passagens e outros detalhes da viagem para os EUA organizados por ele).
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