Não se deve esquecer que, no cultivo orgânico do pimentão, o controle de doenças e pragas é feito pelo correto manejo da cultura
O pimentão é uma hortaliça típica de clima tropical, exigindo temperaturas noturnas e diurnas mais elevadas que o tomate
O pimentão é uma hortaliça típica de clima tropical, exigindo temperaturas noturnas e diurnas mais elevadas que o tomate. As temperaturas mais favoráveis para o desenvolvimento da cultura orgânica do pimentão variam com a fase da planta. As variedades de pimentões mais cultivadas pertencem a dois grupos: o grupo cascadura, com formato semicônico, ligeiramente alongado e coloração verde-escura; e o grupo quadrado, com frutos cilíndricos, com comprimento quase igual ao diâmetro. Os materiais genéticos que têm apresentado melhor padrão de frutos em sistema orgânico, apesar de sua elevada exigência em nutrientes, tem sido os híbridos, especialmente o Magali e Magali R.
“A época de plantio do pimentão depende do clima da região. Em regiões baixas, com altitude menor que 400 metros, e de inverno ameno, o pimentão pode ser semeado o ano todo. Mas, nessas regiões, a semeadura de fevereiro a abril propicia melhores condições para a cultura e a colheita se dá na época de melhores preços”, afirma o Professor Jacimar Luís de Souza, do curso Cultivo Orgânico de Tomate, Pimentão, Abóbora e Pepino, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Em locais muito quentes, é melhor cultivar o pimentão no outono-inverno. Em regiões altas e mais frias, acima de 800 metros de altitude, a época de plantio vai de agosto a fevereiro. Assim, o cultivo se dá na primavera e no verão. Também nessas regiões, uma boa alternativa é o cultivo do pimentão em estufa. Com isso, é possível ter o produto na entressafra, o que traz maiores lucros para o produtor.
Manejo da cultura
Irrigação
Um dia após o transplantio, o pimentão deve ser irrigado. O melhor sistema é o gotejamento. Também pode ser utilizada a aspersão. No início, durante o aparecimento das primeiras folhas, não deve haver excesso de umidade no solo, pois provoca a queda destas. O pimentão mostra o estresse por falta de água, quando as folhas ficam esbranquiçadas e as folhas das novas brotações ficam menores. Por outro lado, o excesso de umidade deixa as folhas com coloração verde-clara e algumas plantas morrem pela falta de oxigenação nas raízes.
Cobertura morta
A cultura do pimentão, também, é muito beneficiada pelo uso da cobertura morta do solo, feita com capim ou com plástico preto.
Capinas
As capinas são realizadas, manualmente, em faixa, lateralmente às plantas, mantendo-se uma faixa de vegetação nativa de 30 cm nas entrelinhas de plantio. Uma prática comum em outros cultivos, que é a amontoa, não deve ser realizada em pimentão, pois favorece doenças.
Tutoramento e amarrio
Quando as plantas atingem cerca de 30 cm de altura, torna-se necessário o tutoramento do pimentão. Pode-se usar o tutoramento com estacas de bambu ou taquara, de 1,0 m de comprimento e amarradas com ‘chicotes’ de nylon, empregados também na cultura do tomate, individualmente, em cada planta. Também, pode-se empregar a espaldeira, com fios de arame, lateralmente às plantas.
Adubação em cobertura
Por se tratar de uma planta exigente em nutrientes, a adubação em cobertura é uma prática fundamental. Deve ser realizada de 30 a 45 dias, após o transplantio, aplicando-se 250 gramas de composto ou 150 gramas de esterco de galinha em torno das plantas. Também pode ser utilizado um biofertilizante líquido, preparado especificamente para esta cultura, utilizando-se materiais orgânicos ricos em nitrogênio e potássio, como farelos de soja e cacau, torta de mamona, cinza vegetal, entre outros. De forma semelhante ao tomate, faça aplicações semanais, a partir dos 30 dias, até a fase de frutificação, na base de 200 ml por planta.
Desbrota
A emissão de brotações secundárias, além das hastes principais da planta (dois a quatro, normalmente), devem ser eliminadas periodicamente.
Manejo e controle de pragas e doenças
Não se deve esquecer que, no cultivo orgânico, o controle de pragas e doenças é feito pelo correto manejo da cultura, a adequada nutrição das plantas e pelo equilíbrio ecológico entre os diversos macro e micro organismos do ecossistema.
“A época de plantio do pimentão depende do clima da região. Em regiões baixas, com altitude menor que 400 metros, e de inverno ameno, o pimentão pode ser semeado o ano todo. Mas, nessas regiões, a semeadura de fevereiro a abril propicia melhores condições para a cultura e a colheita se dá na época de melhores preços”, afirma o Professor Jacimar Luís de Souza, do curso Cultivo Orgânico de Tomate, Pimentão, Abóbora e Pepino, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
Em locais muito quentes, é melhor cultivar o pimentão no outono-inverno. Em regiões altas e mais frias, acima de 800 metros de altitude, a época de plantio vai de agosto a fevereiro. Assim, o cultivo se dá na primavera e no verão. Também nessas regiões, uma boa alternativa é o cultivo do pimentão em estufa. Com isso, é possível ter o produto na entressafra, o que traz maiores lucros para o produtor.
Manejo da cultura
Irrigação
Um dia após o transplantio, o pimentão deve ser irrigado. O melhor sistema é o gotejamento. Também pode ser utilizada a aspersão. No início, durante o aparecimento das primeiras folhas, não deve haver excesso de umidade no solo, pois provoca a queda destas. O pimentão mostra o estresse por falta de água, quando as folhas ficam esbranquiçadas e as folhas das novas brotações ficam menores. Por outro lado, o excesso de umidade deixa as folhas com coloração verde-clara e algumas plantas morrem pela falta de oxigenação nas raízes.
Cobertura morta
A cultura do pimentão, também, é muito beneficiada pelo uso da cobertura morta do solo, feita com capim ou com plástico preto.
Capinas
As capinas são realizadas, manualmente, em faixa, lateralmente às plantas, mantendo-se uma faixa de vegetação nativa de 30 cm nas entrelinhas de plantio. Uma prática comum em outros cultivos, que é a amontoa, não deve ser realizada em pimentão, pois favorece doenças.
Tutoramento e amarrio
Quando as plantas atingem cerca de 30 cm de altura, torna-se necessário o tutoramento do pimentão. Pode-se usar o tutoramento com estacas de bambu ou taquara, de 1,0 m de comprimento e amarradas com ‘chicotes’ de nylon, empregados também na cultura do tomate, individualmente, em cada planta. Também, pode-se empregar a espaldeira, com fios de arame, lateralmente às plantas.
Adubação em cobertura
Por se tratar de uma planta exigente em nutrientes, a adubação em cobertura é uma prática fundamental. Deve ser realizada de 30 a 45 dias, após o transplantio, aplicando-se 250 gramas de composto ou 150 gramas de esterco de galinha em torno das plantas. Também pode ser utilizado um biofertilizante líquido, preparado especificamente para esta cultura, utilizando-se materiais orgânicos ricos em nitrogênio e potássio, como farelos de soja e cacau, torta de mamona, cinza vegetal, entre outros. De forma semelhante ao tomate, faça aplicações semanais, a partir dos 30 dias, até a fase de frutificação, na base de 200 ml por planta.
Desbrota
A emissão de brotações secundárias, além das hastes principais da planta (dois a quatro, normalmente), devem ser eliminadas periodicamente.
Manejo e controle de pragas e doenças
Não se deve esquecer que, no cultivo orgânico, o controle de pragas e doenças é feito pelo correto manejo da cultura, a adequada nutrição das plantas e pelo equilíbrio ecológico entre os diversos macro e micro organismos do ecossistema.
A murchadeira do pimentão é uma doença causada por bactéria e afeta bastante essa cultura, principalmente em locais muito úmidos. Foto: reprodução
Doenças
Em sistema orgânico, a incidência da doença mais comum dessa cultura (Antracnose) não tem sido problema. Entretanto, em caso de necessidade, a calda bordalesa pode oferecer boa proteção. Além disso, por ser uma planta da família das solanáceas (como o tomate e a batata), deve-se evitar plantios em áreas em que já ocorreu murchadeira (bacteriose), áreas muito úmidas ou excesso de umidade pela irrigação, pois poderá favorecer a incidência dessa doença, que não tem controle depois de instalada. Uma doença limitante, em determinadas regiões, é a incidência de viroses, sendo o mosaico Y o mais comum. O controle das doenças viróticas é feito por meio da utilização de variedades resistentes, ou empregando extratos para controle de vetores. Também, a utilização de extrato de primavera auxilia no controle de agentes transmissores de viroses e a calda sulfocálcica controla ferrugem e ácaros, em uma proporção de um litro de calda a 26 graus Baumé para 50 litros de água.
Pragas
Entre as pragas que podem atacar a cultura do pimentão, destacam-se pulgões, ácaros e vaquinha (brasileirinho). Normalmente, não causam problema em sistema orgânico, porém, havendo necessidade, aplicar preparados à base de NIM para pulgões, ou outros extratos repelentes para vaquinha ou ainda a calda sulfocálcica para ácaros, todos usados, normalmente até os 45 dias, pois esses agentes podem provocar problemas apenas no início do ciclo da cultura. Outra alternativa é a utilização do extrato de pimenta-do-reino com alho e sabão, que serve para o controle de pragas do pimentão, de maneira genérica.
Confira mais informações, acessando os cursos da área Agricultura Orgânica.
Por Andréa Oliveira
Em sistema orgânico, a incidência da doença mais comum dessa cultura (Antracnose) não tem sido problema. Entretanto, em caso de necessidade, a calda bordalesa pode oferecer boa proteção. Além disso, por ser uma planta da família das solanáceas (como o tomate e a batata), deve-se evitar plantios em áreas em que já ocorreu murchadeira (bacteriose), áreas muito úmidas ou excesso de umidade pela irrigação, pois poderá favorecer a incidência dessa doença, que não tem controle depois de instalada. Uma doença limitante, em determinadas regiões, é a incidência de viroses, sendo o mosaico Y o mais comum. O controle das doenças viróticas é feito por meio da utilização de variedades resistentes, ou empregando extratos para controle de vetores. Também, a utilização de extrato de primavera auxilia no controle de agentes transmissores de viroses e a calda sulfocálcica controla ferrugem e ácaros, em uma proporção de um litro de calda a 26 graus Baumé para 50 litros de água.
Pragas
Entre as pragas que podem atacar a cultura do pimentão, destacam-se pulgões, ácaros e vaquinha (brasileirinho). Normalmente, não causam problema em sistema orgânico, porém, havendo necessidade, aplicar preparados à base de NIM para pulgões, ou outros extratos repelentes para vaquinha ou ainda a calda sulfocálcica para ácaros, todos usados, normalmente até os 45 dias, pois esses agentes podem provocar problemas apenas no início do ciclo da cultura. Outra alternativa é a utilização do extrato de pimenta-do-reino com alho e sabão, que serve para o controle de pragas do pimentão, de maneira genérica.
Confira mais informações, acessando os cursos da área Agricultura Orgânica.
Por Andréa Oliveira
Leia mais: http://www.cpt.com.br/artigos/pimentao-organico-dicas-sobre-o-melhor-manejo-para-evitar-doencas-e-pragas#ixzz2KI0frV5V
Nenhum comentário:
Postar um comentário