Guarda impede mais uma fuga no presídio de Alcaçuz
Leonardo Erys - repórter
"Seria uma fuga em massa". A afirmação do agente Eduardo Júnior e resume o que poderia ter acontecido na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na tarde de ontem, quando agentes penitenciários evitaram a fuga de 17 homens que já estavam em dois túneis abertos na quadra do Pavilhão 1.
O plano foi descoberto quando 250 presos tomavam banho de sol na quadra do presídio. Depois que a fuga foi abortada, os apenados reagiram à ação da segurança do presídio e arremessaram pedras contra os agentes, além de atearem fogo em colchões. Parte da estrutura do pavilhão também foi destruída pela ação dos apenados. O Grupo Especial de Operações (GOE) foi chamado para controlar o motim. Após a contagem, foi constatado que nenhum detento conseguiu escapar.
Dez presos já estavam em um túnel, enquanto outro grupo de sete apenados tentava a liberdade em uma segunda galeria subterrânea. Eles já iniciavam a fuga, quando foram interrompidos pela ação dos agentes.
De acordo com a diretora de Alcaçuz, Dinorá Simas, os túneis foram cavados durante o banho de sol em uma ação rápida. "Eles queriam chegar ao pátio principal e de lá usariam 'teresas' [escada improvisada com lençóis amarrados] para tentar passar pelo muro", detalhou. A ação, no entanto, foi contida pelos agentes penitenciários que, das escadas, perceberam a movimentação e impediram a fuga, por volta das 12h30.
Os detentos reagiram e teve início um motim na penitenciária. Revoltados, os apenados derrubaram parte da estrutura de concreto do pavilhão para usar como armas contra os agentes. "Eles começaram a atirar pedras e atear fogo nos colchões", disse o agente penitenciário Eduardo Júnior. O agente explicou ainda que após a descoberta, os detentos começaram a tapar os buracos com água, pedras e areia. A equipe do GOE também foi acionada para atuar na operação. Em meio à confusão, o detento Sebastião Raimundo Fontes, preso há 10 anos e 11 meses, acusado de homicídio no município de Nísia Floresta, passou mal e teve convulsões. Ele foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Questionado se ação foi planejada por todos os detentos do Pavilhão 1 da unidade, o apenado nega. "Eu não tava sabendo de nada. Eu não tava no meio. Eu passei mal com a fumaça, as bombas e o spray de pimenta", diz.
Quando a rebelião foi controlada, os presos passaram pela recontagem onde foi constatado que não houve fugitivos. Na revista feita nas celas do Pavilhão 1, no entanto, foram encontradas 33 televisões e 22 aparelhos de som. Os eletrônicos foram retirados do pavilhão e amontoados na entrada da Penitenciária.
A diretora do presídio garante que a atitude dos apenados não ficará impune. Segundo Dinorá Simas, no que cabe à Alcaçuz, um processo administrativo será aberto. Em relação à Justiça, os presos também responderão. "Eles vão responder por danos ao patrimônio e tentativa de fuga por exemplo", explica. Caso sejam condenados pela lei, os presos podem aumentar o tempo na cadeia.
Os casos de revolta de apenados no Pavilhão 1 de Alcaçuz são constantes. Apenas nesse mês de agosto, é o segundo motim ocorrido na unidade prisional. No primeiro motim os presos de uma cela do pavilhão se rebelaram quando quatro detentos estavam sendo retirados do local para a progressão semiaberta. Os apenados chegaram a colocar fogo em alguns colchões e o Grupo de Operações Especiais (GOE) teve de ser chamado para controlar a situação.
"Seria uma fuga em massa". A afirmação do agente Eduardo Júnior e resume o que poderia ter acontecido na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta, na tarde de ontem, quando agentes penitenciários evitaram a fuga de 17 homens que já estavam em dois túneis abertos na quadra do Pavilhão 1.
reprodução/adriano abreuApós motim, presos foram levados à quadra do presídio para contagem. Na ocasião, direção fez vistoria nas celas, onde encontrou televisores. Unidade está impedida de receber mais detentos por decisão da Justiça
O plano foi descoberto quando 250 presos tomavam banho de sol na quadra do presídio. Depois que a fuga foi abortada, os apenados reagiram à ação da segurança do presídio e arremessaram pedras contra os agentes, além de atearem fogo em colchões. Parte da estrutura do pavilhão também foi destruída pela ação dos apenados. O Grupo Especial de Operações (GOE) foi chamado para controlar o motim. Após a contagem, foi constatado que nenhum detento conseguiu escapar.
Dez presos já estavam em um túnel, enquanto outro grupo de sete apenados tentava a liberdade em uma segunda galeria subterrânea. Eles já iniciavam a fuga, quando foram interrompidos pela ação dos agentes.
De acordo com a diretora de Alcaçuz, Dinorá Simas, os túneis foram cavados durante o banho de sol em uma ação rápida. "Eles queriam chegar ao pátio principal e de lá usariam 'teresas' [escada improvisada com lençóis amarrados] para tentar passar pelo muro", detalhou. A ação, no entanto, foi contida pelos agentes penitenciários que, das escadas, perceberam a movimentação e impediram a fuga, por volta das 12h30.
Os detentos reagiram e teve início um motim na penitenciária. Revoltados, os apenados derrubaram parte da estrutura de concreto do pavilhão para usar como armas contra os agentes. "Eles começaram a atirar pedras e atear fogo nos colchões", disse o agente penitenciário Eduardo Júnior. O agente explicou ainda que após a descoberta, os detentos começaram a tapar os buracos com água, pedras e areia. A equipe do GOE também foi acionada para atuar na operação. Em meio à confusão, o detento Sebastião Raimundo Fontes, preso há 10 anos e 11 meses, acusado de homicídio no município de Nísia Floresta, passou mal e teve convulsões. Ele foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Questionado se ação foi planejada por todos os detentos do Pavilhão 1 da unidade, o apenado nega. "Eu não tava sabendo de nada. Eu não tava no meio. Eu passei mal com a fumaça, as bombas e o spray de pimenta", diz.
Quando a rebelião foi controlada, os presos passaram pela recontagem onde foi constatado que não houve fugitivos. Na revista feita nas celas do Pavilhão 1, no entanto, foram encontradas 33 televisões e 22 aparelhos de som. Os eletrônicos foram retirados do pavilhão e amontoados na entrada da Penitenciária.
A diretora do presídio garante que a atitude dos apenados não ficará impune. Segundo Dinorá Simas, no que cabe à Alcaçuz, um processo administrativo será aberto. Em relação à Justiça, os presos também responderão. "Eles vão responder por danos ao patrimônio e tentativa de fuga por exemplo", explica. Caso sejam condenados pela lei, os presos podem aumentar o tempo na cadeia.
Os casos de revolta de apenados no Pavilhão 1 de Alcaçuz são constantes. Apenas nesse mês de agosto, é o segundo motim ocorrido na unidade prisional. No primeiro motim os presos de uma cela do pavilhão se rebelaram quando quatro detentos estavam sendo retirados do local para a progressão semiaberta. Os apenados chegaram a colocar fogo em alguns colchões e o Grupo de Operações Especiais (GOE) teve de ser chamado para controlar a situação.
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