Coveiros param atividades por falta de pagamento
Os assistentes de coveiros que prestam serviços ao cemitérios de Natal estão paralisando as atividades por falta de pagamento. Eles estão sobrevivendo das gorjetas que recebem dos familiares que precisam enterrar os mortos. Os salários estão atrasados há quase três meses porque o município não repassa a verba para a empresa terceirizada responsável pela contração desses profissionais.
O problema se reflete naqueles que precisam dos serviços prestados pelos coveiros e assistentes. Na tarde de ontem (17), três corpos esperavam para ser sepultados no Cemitério Bom Pastor 1, um dos maiores da capital. Enquanto um corpo era sepultado, a família dos outros dois aguardavam que os coveiros desocupassem.
"A gente não deveria estar trabalhando porque vai fazer três meses que a gente não recebe salário. Mas a gente está aqui porque conta com a ajuda das famílias que dão gorjeta porque salário mesmo não tem", disse o assistente de coveiro José Bezerra.
No cemitério do Bom Pastor trabalha apenas um coveiro do quadro do município. Um senhor na faixa dos 70 anos que sozinho não conseguiria fazer um sepultamento.
De acordo com um funcionário que não quis se identificar, os enterros só estão acontecendo porque os coveiros estão sendo pago por fora. "Depois de muita insistência eles aceitaram fazer os sepultamentos. Hoje conseguimos R$30,00 para pagar a eles. Caso contrário, não tínhamos condições feito nenhum", disse.
Os outros três coveiros são terceirizados. Um deles foi demitido há cinco meses e ainda não recebeu o que tem direito, mas continua lá para ganhar, pelo menos, as gorjetas.
"Eu tô há cinco meses esperando para receber minhas contas e nada. O aluguel está atrasado, a água e a luz também. Estou vendo a hora cortar tudo e eu ser despejado com a minha família. Estou há cinco meses tentando receber as contas e não consigo. Venho para cá que é para conseguir alguma gorjeta", disse Luiz Gonçalves Silva, 52 anos.
A situação ainda é mais complicada no Cemitério Bom Pastor 2. Todos os três coveiros são terceirizados e não estão indo trabalhar. Quando chega um corpo para ser enterrado lá, o administrador manda paro o Bom Pastor 1 porque não há ninguém para realizar o serviço.
Além dos assistentes de coveiros, outros funcionários terceirizados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) estão com os salários atrasados. Os serviços de poda de árvores, limpezas de canteiros, praças e feiras livres, além da fiscalização do comércio ambulante estão funcionando precariamente em Natal há mais de 30 dias.
No último dia 13 eles fizeram um protesto em frente ao prédio da Secretaria, na rua Felipe Camarão, Cidade Alta, por atraso no pagamento dos salários que entrou para dois meses.
Todos esse funcionários são contratados pela SS Construções, Empreendimentos e Serviços Ltda que presta serviço terceirizado à Semsur. De acordo com o titular da pasta, Luís Antônio de Albuquerque Lopes, a vida gira em torno de R$1,5 milhão.
O município não está repassando a verba para a empresa, que por sua vez não paga os salários dos quase 300 funcionários da SS Construções, Empreendimentos e Serviços Ltda.
"O município pretende fazer o repasse dessa dívida até o dia 05 de outubro. E diante desse quadro crítico de falta de repasse financeiro da prefeitura, a Semsur pretende reduzir o quadro de funcionários que prestam serviço à secretaria. Não é justo que as pessoas trabalhem e não recebam, por isso faremos a redução quadro, para evitar futuras paralisações.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a SS Construções, Empreendimentos e Serviços Ltda através da assessoria de comunicação para obter informações sobre o que será feito para sanar esse problema, mas até o fechamento desta edição não houve nenhum retorno por parte da empresa.
Adriano AbreuOs assistentes de coveiros estão com salários atrasados há três meses. Serviço só é feito com gorjetas
O problema se reflete naqueles que precisam dos serviços prestados pelos coveiros e assistentes. Na tarde de ontem (17), três corpos esperavam para ser sepultados no Cemitério Bom Pastor 1, um dos maiores da capital. Enquanto um corpo era sepultado, a família dos outros dois aguardavam que os coveiros desocupassem.
"A gente não deveria estar trabalhando porque vai fazer três meses que a gente não recebe salário. Mas a gente está aqui porque conta com a ajuda das famílias que dão gorjeta porque salário mesmo não tem", disse o assistente de coveiro José Bezerra.
No cemitério do Bom Pastor trabalha apenas um coveiro do quadro do município. Um senhor na faixa dos 70 anos que sozinho não conseguiria fazer um sepultamento.
De acordo com um funcionário que não quis se identificar, os enterros só estão acontecendo porque os coveiros estão sendo pago por fora. "Depois de muita insistência eles aceitaram fazer os sepultamentos. Hoje conseguimos R$30,00 para pagar a eles. Caso contrário, não tínhamos condições feito nenhum", disse.
Os outros três coveiros são terceirizados. Um deles foi demitido há cinco meses e ainda não recebeu o que tem direito, mas continua lá para ganhar, pelo menos, as gorjetas.
"Eu tô há cinco meses esperando para receber minhas contas e nada. O aluguel está atrasado, a água e a luz também. Estou vendo a hora cortar tudo e eu ser despejado com a minha família. Estou há cinco meses tentando receber as contas e não consigo. Venho para cá que é para conseguir alguma gorjeta", disse Luiz Gonçalves Silva, 52 anos.
A situação ainda é mais complicada no Cemitério Bom Pastor 2. Todos os três coveiros são terceirizados e não estão indo trabalhar. Quando chega um corpo para ser enterrado lá, o administrador manda paro o Bom Pastor 1 porque não há ninguém para realizar o serviço.
Além dos assistentes de coveiros, outros funcionários terceirizados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) estão com os salários atrasados. Os serviços de poda de árvores, limpezas de canteiros, praças e feiras livres, além da fiscalização do comércio ambulante estão funcionando precariamente em Natal há mais de 30 dias.
No último dia 13 eles fizeram um protesto em frente ao prédio da Secretaria, na rua Felipe Camarão, Cidade Alta, por atraso no pagamento dos salários que entrou para dois meses.
Todos esse funcionários são contratados pela SS Construções, Empreendimentos e Serviços Ltda que presta serviço terceirizado à Semsur. De acordo com o titular da pasta, Luís Antônio de Albuquerque Lopes, a vida gira em torno de R$1,5 milhão.
O município não está repassando a verba para a empresa, que por sua vez não paga os salários dos quase 300 funcionários da SS Construções, Empreendimentos e Serviços Ltda.
"O município pretende fazer o repasse dessa dívida até o dia 05 de outubro. E diante desse quadro crítico de falta de repasse financeiro da prefeitura, a Semsur pretende reduzir o quadro de funcionários que prestam serviço à secretaria. Não é justo que as pessoas trabalhem e não recebam, por isso faremos a redução quadro, para evitar futuras paralisações.
A reportagem da TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a SS Construções, Empreendimentos e Serviços Ltda através da assessoria de comunicação para obter informações sobre o que será feito para sanar esse problema, mas até o fechamento desta edição não houve nenhum retorno por parte da empresa.
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