sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

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Dnocs 27/01/2012

Diretor-geral pede para sair; queda abre disputa no PMDB do NE

A decisão foi tomada após reunião com o ministro da Integração Nacional. Elias Fernandes não resistiu às denúncias de desvios de R$ 312 milhões, apontadas por relatório da CGU. Caso mostra disputa entre peemedebistas

PATRÍCIA ARAÚJO, EM 16/5/2007
Elias Fernandes deixa o posto em meio a denúncias de corrupção no órgão ligado à Integração


Pressionado por denúncias de irregularidades no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), o diretor-geral do órgão, Elias Fernandes, não resistiu e na manhã de ontem pediu demissão.

A decisão foi tomada após uma reunião com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra (PSB). O líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves, a quem Elias Fernandes é ligado, chegou a dizer que o aliado não cairia.

Há alguns dias, o ministro já havia manifestado à Casa Civil o desejo do afastamento de Fernandes, devido à divulgação de uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) que apontou um prejuízo de R$ 312 milhões na estatal, que é vinculada ao ministério.

Para assumir o cargo interinamente, Fernando Bezerra escolheu o cearense Ramon Rodrigues, secretário Nacional de Irrigação, que, conforme O POVO apurou foi uma indicação do senador Eunício Oliveira (PMDB) e ligado ao governador Cid Gomes (PSB). De acordo com a assessoria do Dnocs, ainda não há data para a posse de Ramon Rodrigues.

Segundo um peemedebista ouvido por O POVO, após a ampla divulgação das denúncias pela imprensa, a manutenção de Elias Fernandes tornou-se insustentável. “A pressão é muito grande, ninguém consegue dirigir um órgão com total desarmonia com o ministério. Fica muito difícil conduzir (o órgão) com o ministro pedindo a cabeça dele”.

O deputado federal Danilo Forte (PMDB), disse que na primeira semana de fevereiro, quando serão retomadas as atividades parlamentares, a bancada peemedebista irá se reunir para avaliar os efeitos desse episódio.

Segundo ele, serão definidos quais serão os projetos prioritários que serão votados e resolver como melhorar essa relação do legislativo com o executivo. “Isso gerou desconforto”.

Disputa no PMDB
Desde que o relatório da CGU foi concluído, em dezembro de 2011, Elias Fernandes, afilhado político do líder do PMDB na Câmara, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), é o terceiro diretor do Dnocs a cair.

Em dezembro, Cristina Peleteiro, indicação do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), foi substituída na diretoria de Infraestrutura Hídrica. E na última segunda-feira (24), Albert Gradvohl, indicado por Eunício Oliveira, foi exonerado.

Por trás dessas substituições há uma forte disputa por prestígio entre o PMDB do Ceará e do Rio Grande do Norte, junto ao Palácio do Planalto. Henrique Alves lutou até o último momento para manter Elias Fernandes no comando do Dnocs.

O líder peemedebista condicionou a saída de Elias Fernandes, no cargo desde 2007, à comprovação das irregularidades no Dnocs pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

“Aguardo sereno o julgamento do TCU sobre atuação do Dnocs. Apenas isso”, postou no microblog Twitter. Para um correligionário cearense, Henrique Alves se excedeu.

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

A exoneração do diretor-administrativo do Dnocs, Alber Gradvohl, na última segunda-feira (24), não foi suficiente para resolver a crise no órgão, que segundo auditoria da CGU teria causado um prejuízo de R$ 312 milhões

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