sábado, 21 de janeiro de 2012

Atentado mata ao menos 11 prisioneiros em ônibus na Síria

AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Foto: Ali Jarekji/Reuters
Protestos em Homs, na Síria; Liga Árabe pretende prolongar missão de observadores, dizem oficiais do
Protestos em Homs, na Síria; Liga Árabe pretende prolongar missão de observadores, dizem oficiais do


Uma explosão matou pelo menos 11 pessoas neste sábado em um micro-ônibus que transportava prisioneiros na província de Iblid, no noroeste da Síria, segundo relatos do grupo ativista Observatório dos Direitos Humanos.
 
A organização, baseada no Reino Unido, que monitora a revolta de dez meses contra o ditador sírio, Bashar al Assad, não deu mais detalhes sobre o incidente. Não foi possível confirmar a informação de forma independente.
 
A repressão do ditador aos protestos já deixou mais de 5.000 mortos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas).
 
Em outro episódio de violência, a rede de televisão Al Jazeera informou que emergiram intensos combates entre forças do governo e desertores do Exército sírio que se juntaram a um grupo rebelde em uma área perto da fronteira com a Turquia.
 
A TV não entrou em detalhes sobre os combates, que teriam ocorrido na cidade de Jisr al Shughour.
 
LIGA ÁRABE
 
A emboscada contra o micro-ônibus chega um dia após a Liga Árabe ter declarado que pretende estender o tempo de permanência na Síria da missão dos observadores estrangeiros apesar da violência a qual eles estão expostos. A informação foi revelada nesta sexta-feira por fontes da organização às agências Associated Press e Efe.
 
De acordo com os oficiais consultados, a intenção é manter a missão e pedir às autoridades sírias a garantia da segurança dos observadores e o cumprimento da iniciativa árabe, que estipula, entre outros pontos, o fim da violência entre opositores e o regime de Assad.
 
As fontes afirmam que a Liga Árabe descarta, no momento, uma intervenção militar estrangeira na Síria, como incentivam os Estados Unidos e países da Europa Ocidental, além do Qatar.
 
No domingo (22), a organização fará duas reuniões que definirão a postura em relação à Síria, uma com monitores que participam das discussões sobre o país e outra com ministros de Relações Exteriores dos membros do grupo.
 
Nos encontros, o chefe dos observadores na Síria, Mohamed Dabi, apresentará um informe que será utilizado para que a organização decida o destino da missão.
 
REPRESSÃO
 
A Liga Árabe enviou cerca de cem observadores para certificar que o país estava cumprindo um plano de paz. O acordo estipula o fim dos confrontos, a retirada das tropas e a libertação de presos políticos.
 
A ONU estima em mais de 5.000 o número de mortes na repressão aos protestos contra Assad, que já duram dez meses. O regime sírio diz que enfrenta grupos terroristas, que já mataram 2.000 membros das forças de segurança nos dez meses do conflito.
 
A Síria dificulta a entrada de jornalistas estrangeiros no país, o que impossibilita a apuração independente das informações.
 
Desde março do ano passado, o ditador sírio passa por manifestações que pedem sua renúncia, influenciadas pela onda de rebeliões conhecida como Primavera Árabe. Entre os ditadores que caíram por conta das revoltas estão Hosni Mubarak, no Egito; Ben Ali, na Tunísia; e Muammar Gaddafi, na Líbia.

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