Milho na várzea foi outro destaque do Dia de Campo em Cachoeirinha
Ana Esteves
O Dia de Campo do Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), realizado nesta quinta-feira na Estação Experimental de Cachoeirinha, contou com algo inusitado nesta edição: ao invés do arroz, as novas tecnologias relativas ao cultivo de soja e de milho foram os grandes destaques do evento. No caso da soja, o Irga apresentou a primeira cultivar destinada a áreas de várzea que, até bem pouco tempo, eram utilizadas apenas para arroz e pecuária. A novidade, cujo lançamento oficial ocorrerá na Expointer 2013, foi batizada de TECIrga 6070 RR e tem previsão de chegar ao mercado em grande escala já na safra 2013/2014.
A pesquisadora do Irga e coordenadora dos estudos sobre a nova variedade, Cláudia Lange, diz que a pesquisa, realizada em parceria com a CCGL, contou com 564 diferentes linhagens de sementes, todas submetidas à inundação, das quais foram selecionadas 64. “Desse total, retiramos apenas uma, a TECIrga, que apresentou as características que buscávamos: tolerância a excesso hídrico e ciclo médio de cultivo, garantindo colheita em época propícia”, explicou. Entre as vantagens do cultivo de soja em área de arroz está a possibilidade de a oleaginosa deixar resíduo de nitrogênio no solo, reduzindo os custos com irrigação. Além disso, a soja limpa o campo, livrando-o da invasão por arroz vermelho e preto. “Colhendo a soja no seco, garante uma a área pronta para o arroz. O produtor tem a garantia de que vai implantar a lavoura na melhor época”, diz Claudia.
Os pesquisadores comprovaram que o incremento em produtividade do cereal, em áreas cultivadas também com a soja, oscilam entre 16% e 20%. Outra vantagem é que a soja tem um preço que varia menos durante o ano, ao contrário do arroz, que oscila muito para baixo, especialmente na época da colheita. “Quem tem soja ganha a opção de vendê-la e segurar o arroz para comercializar na melhor época, o que ajuda no fluxo de caixa”, diz. A novidade contempla as necessidades dos arrozeiros gaúchos, que cada vez mais têm optado pela soja como alternativa de diversificação de culturas e opção extra de renda. O presidente do Irga, Claudio Pereira, lembra que a soja tem ocupado o espaço do pousio do arroz, sem representar uma cultura concorrente. “A área de soja saltou de 120 hectares para mais de 270 hectares na atual safra”, disse.
O Irga apresentou ainda a primeira lavoura de milho cultivada em área plana, destinada ao arroz. A iniciativa, ainda em fase experimental, tem dado resultados excelentes com a possibilidade de duas épocas de semeadura - preferencial e tardia, uso de quatro híbridos comerciais cujos resultados chegam a 10,3 toneladas por hectare. Em áreas sem irrigação, o rendimento é de 8,4 toneladas por hectare, e em lavouras irrigadas por aspersão não passa de 8,1 toneladas por hectare. O pesquisador do Irga Rodrigo Schoenfeld disse que o milho vem com três objetivos concretos: como mais uma ferramenta para controlar o arroz vermelho, alternativa de cultura pensando na pequena propriedade e subsistência dos produtores.”
O Sicredi, nesta edição, disponibilizou, aos associados, R$ 200 milhões. O valor representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior, reflexo do crescimento dos recursos do sistema cooperativo como agente financeiro do homem do campo. Em 2012 o sistema protocolou mais de 1,3 mil pedidos de financiamentos, sendo a Pronaf Mais Alimentos a linha mais procurada pelos tomadores de crédito.
Já o Banco do Brasil, até a manhã de quarta-feira, somava cerca de R$ 120 milhões em propostas acolhidas. O montante representa o dobro do volume negociado no mesmo período da feira de 2012.
O Banrisul, na quinta-feira, assinou convênios, contratos e protocolos de intenções no valor total de R$ 33 milhões. Os acordos foram fechados com empresas agropecuárias, cooperativas e produtores rurais.
Os números totais dos negócios realizados na feira devem ser divulgados nesta sexta-feira pelo presidente da Cotrija, Nei Mânica. Em seu último dia, a Expodireto 2013 também contará com a presença do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, que lança, às 10h, o Plano Safra de Inverno.
Em comparação com a estimativa anterior, divulgada em fevereiro, as expectativas da Conab para a produção no Estado tiveram leve aumento, de 522 mil toneladas. A maior revisão foi feita na previsão de colheita para o milho, que passou de uma expectativa de 4,7 milhões de toneladas, conforme o levantamento de fevereiro, para 5,12 milhões de toneladas no de março. Com isso, o volume colhido do cereal em 2013 deve ser 53,3% maior do que o alcançado em 2012.
Conforme o superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Glauto Lisboa Melo Júnior, esse crescimento do milho deve-se à verificação da boa produtividade nas lavouras já colhidas. “Havia um certo temor de que condições climáticas adversas, como a falta de chuva no período de plantio, tivessem prejudicado a produção em algumas regiões. No entanto, isso não se verificou, e por isso ajustamos os números.”
Outra cultura que teve uma leve revisão positiva pela companhia foi o arroz, cuja estimativa de colheita passou de 7,9 milhões de toneladas no levantamento de fevereiro para 8,02 milhões no de março. Já a soja continua com uma previsão de 12,19 milhões de toneladas, volume 86,8% maior do que o do ano passado.
Em nível nacional, a Conab estima que a produção de grãos da safra 2012/13 deve alcançar 183,5 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 10,5% sobre os 166,1 milhões de toneladas do ciclo anterior. Com isso, em relação ao último levantamento, houve redução de 0,8% na estimativa por causa das condições climáticas adversas no período da pesquisa, como o excesso de chuva na Região Centro-Oeste.
A soja continua sendo o destaque entre os grãos, com um crescimento previsto de 23,6% sobre os 66,3 milhões de toneladas da última safra e uma produção estimada em 82 milhões de toneladas. O milho segunda safra também apresenta bom desempenho, com aumento de 5,5%. Devem ser produzidos 41,2 milhões de toneladas, ante as 39,1 milhões de toneladas da safra passada. De acordo com a Conab, o número supera a produção do milho primeira safra, estimada em 34,7 milhões de toneladas. A estatal destaca ainda o arroz, que deve obter crescimento de 3,9%, ao passar de 11,6 milhões para 12 milhões de toneladas.
Sobre a área total de plantio de grãos, o governo anunciou um crescimento estimado de 4,1% em comparação com a safra passada (50,8 milhões de hectares) e chegou a 52,9 milhões hectares. As culturas de soja e milho obtiveram também os melhores desempenhos em área plantada, informou a Conab. No caso da soja, o aumento deve chegar a 10,4%, passando de 25 milhões para 27,6 milhões de hectares.
Já o milho segunda safra ampliou a área em 8,6%, passando de 7,6 milhões para 8,3 milhões de hectares. Para o levantamento, foram ouvidos, no período de 18 a 22 de fevereiro, representantes de órgãos públicos e privados das áreas de grande produção e atualizadas as informações de área, produção e comportamento climático nos estados do Centro-Sul, assim como de Rondônia, Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia.
A pesquisadora do Irga e coordenadora dos estudos sobre a nova variedade, Cláudia Lange, diz que a pesquisa, realizada em parceria com a CCGL, contou com 564 diferentes linhagens de sementes, todas submetidas à inundação, das quais foram selecionadas 64. “Desse total, retiramos apenas uma, a TECIrga, que apresentou as características que buscávamos: tolerância a excesso hídrico e ciclo médio de cultivo, garantindo colheita em época propícia”, explicou. Entre as vantagens do cultivo de soja em área de arroz está a possibilidade de a oleaginosa deixar resíduo de nitrogênio no solo, reduzindo os custos com irrigação. Além disso, a soja limpa o campo, livrando-o da invasão por arroz vermelho e preto. “Colhendo a soja no seco, garante uma a área pronta para o arroz. O produtor tem a garantia de que vai implantar a lavoura na melhor época”, diz Claudia.
Os pesquisadores comprovaram que o incremento em produtividade do cereal, em áreas cultivadas também com a soja, oscilam entre 16% e 20%. Outra vantagem é que a soja tem um preço que varia menos durante o ano, ao contrário do arroz, que oscila muito para baixo, especialmente na época da colheita. “Quem tem soja ganha a opção de vendê-la e segurar o arroz para comercializar na melhor época, o que ajuda no fluxo de caixa”, diz. A novidade contempla as necessidades dos arrozeiros gaúchos, que cada vez mais têm optado pela soja como alternativa de diversificação de culturas e opção extra de renda. O presidente do Irga, Claudio Pereira, lembra que a soja tem ocupado o espaço do pousio do arroz, sem representar uma cultura concorrente. “A área de soja saltou de 120 hectares para mais de 270 hectares na atual safra”, disse.
O Irga apresentou ainda a primeira lavoura de milho cultivada em área plana, destinada ao arroz. A iniciativa, ainda em fase experimental, tem dado resultados excelentes com a possibilidade de duas épocas de semeadura - preferencial e tardia, uso de quatro híbridos comerciais cujos resultados chegam a 10,3 toneladas por hectare. Em áreas sem irrigação, o rendimento é de 8,4 toneladas por hectare, e em lavouras irrigadas por aspersão não passa de 8,1 toneladas por hectare. O pesquisador do Irga Rodrigo Schoenfeld disse que o milho vem com três objetivos concretos: como mais uma ferramenta para controlar o arroz vermelho, alternativa de cultura pensando na pequena propriedade e subsistência dos produtores.”
Pedidos de crédito na Expodireto superam os de 2012
Bancos e instituições financeiras presentes na 14ª Expodireto Cotrijal, que se encerra nesta sexta-feira, em Não-Me-Toque, divulgaram que, nesta edição, já foi superado o volume de pedidos de financiamentos registrado pelo evento no ano passado. Até o final da tarde desta quinta-feira, o Sicredi já protocolou um total de 1,08 mil pedidos na feira, ultrapassando R$ 117,1 milhões. Em 2012, no mesmo período, foram protocolados 819 pedidos, no valor acima de R$ 49 milhões. As linhas Pronaf Mais Alimentos e PSI são os destaques de solicitações.O Sicredi, nesta edição, disponibilizou, aos associados, R$ 200 milhões. O valor representa um aumento de 33% em relação ao ano anterior, reflexo do crescimento dos recursos do sistema cooperativo como agente financeiro do homem do campo. Em 2012 o sistema protocolou mais de 1,3 mil pedidos de financiamentos, sendo a Pronaf Mais Alimentos a linha mais procurada pelos tomadores de crédito.
Já o Banco do Brasil, até a manhã de quarta-feira, somava cerca de R$ 120 milhões em propostas acolhidas. O montante representa o dobro do volume negociado no mesmo período da feira de 2012.
O Banrisul, na quinta-feira, assinou convênios, contratos e protocolos de intenções no valor total de R$ 33 milhões. Os acordos foram fechados com empresas agropecuárias, cooperativas e produtores rurais.
Os números totais dos negócios realizados na feira devem ser divulgados nesta sexta-feira pelo presidente da Cotrija, Nei Mânica. Em seu último dia, a Expodireto 2013 também contará com a presença do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, que lança, às 10h, o Plano Safra de Inverno.
Conab estima expansão de 32,5% na safra gaúcha de grãos
O sexto levantamento da safra 2012/2013 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) aponta para um crescimento de 32,5% na produção gaúcha de grão em relação ao volume colhido no período 2011/2012. Para este ano, são esperadas 27,68 milhões de toneladas, enquanto na última safra foram registradas 20,88 milhões de toneladas.Em comparação com a estimativa anterior, divulgada em fevereiro, as expectativas da Conab para a produção no Estado tiveram leve aumento, de 522 mil toneladas. A maior revisão foi feita na previsão de colheita para o milho, que passou de uma expectativa de 4,7 milhões de toneladas, conforme o levantamento de fevereiro, para 5,12 milhões de toneladas no de março. Com isso, o volume colhido do cereal em 2013 deve ser 53,3% maior do que o alcançado em 2012.
Conforme o superintendente da Conab no Rio Grande do Sul, Glauto Lisboa Melo Júnior, esse crescimento do milho deve-se à verificação da boa produtividade nas lavouras já colhidas. “Havia um certo temor de que condições climáticas adversas, como a falta de chuva no período de plantio, tivessem prejudicado a produção em algumas regiões. No entanto, isso não se verificou, e por isso ajustamos os números.”
Outra cultura que teve uma leve revisão positiva pela companhia foi o arroz, cuja estimativa de colheita passou de 7,9 milhões de toneladas no levantamento de fevereiro para 8,02 milhões no de março. Já a soja continua com uma previsão de 12,19 milhões de toneladas, volume 86,8% maior do que o do ano passado.
Em nível nacional, a Conab estima que a produção de grãos da safra 2012/13 deve alcançar 183,5 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 10,5% sobre os 166,1 milhões de toneladas do ciclo anterior. Com isso, em relação ao último levantamento, houve redução de 0,8% na estimativa por causa das condições climáticas adversas no período da pesquisa, como o excesso de chuva na Região Centro-Oeste.
A soja continua sendo o destaque entre os grãos, com um crescimento previsto de 23,6% sobre os 66,3 milhões de toneladas da última safra e uma produção estimada em 82 milhões de toneladas. O milho segunda safra também apresenta bom desempenho, com aumento de 5,5%. Devem ser produzidos 41,2 milhões de toneladas, ante as 39,1 milhões de toneladas da safra passada. De acordo com a Conab, o número supera a produção do milho primeira safra, estimada em 34,7 milhões de toneladas. A estatal destaca ainda o arroz, que deve obter crescimento de 3,9%, ao passar de 11,6 milhões para 12 milhões de toneladas.
Sobre a área total de plantio de grãos, o governo anunciou um crescimento estimado de 4,1% em comparação com a safra passada (50,8 milhões de hectares) e chegou a 52,9 milhões hectares. As culturas de soja e milho obtiveram também os melhores desempenhos em área plantada, informou a Conab. No caso da soja, o aumento deve chegar a 10,4%, passando de 25 milhões para 27,6 milhões de hectares.
Já o milho segunda safra ampliou a área em 8,6%, passando de 7,6 milhões para 8,3 milhões de hectares. Para o levantamento, foram ouvidos, no período de 18 a 22 de fevereiro, representantes de órgãos públicos e privados das áreas de grande produção e atualizadas as informações de área, produção e comportamento climático nos estados do Centro-Sul, assim como de Rondônia, Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia.
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