Em parecer enviado ao STF, a Procuradoria da República defendeu que a Corte aceite denúncia contra o pastor
Feliciano provocou o PT, admitindo renunciar, se os deputados José Genoino e João Paulo Cunha , condenados do mensalão, fizessem o mesmo FOTO: AG. BRASIL
Brasília. Após uma reunião de duas horas, em que líderes partidários pressionaram o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP) a deixar o cargo, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu que ele só perderá a função se quiser porque, do ponto de vista do regimento interno, não há o que fazer.
Feliciano provocou o PT, admitindo uma única vez que poderia concordar em renunciar, se os deputados petistas José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP), condenados à prisão no julgamento do mensalão, também renunciassem a seus cargos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
"Isso é provocação e não vou cair nessa provocação. Foi uma reunião de provocação, entendo assim. Fez bem o PSDB que não participou. Eu não deveria ter participado", afirmou o líder do PT, José Guimarães (PT-CE).
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP) decidiu não participar da reunião sob o argumento de que não havia o que ser feito.
Henrique Alves afirmou que o deputado se comprometeu a parar de dar declarações polêmicas que agravem a situação.
Na reunião, o líder do PDT, André Figueiredo (CE) sugeriu a aprovação de projeto que inclua, entre as penas a serem aplicadas a deputados em caso de quebra de decoro parlamentar, a perda da presidência de comissões permanentes da Casa.
Apesar da pressão contra Feliciano, alguns líderes, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defenderam o deputado, que também teve apoio do PRB e do PMN. Alves reforçou que desautorizou Feliciano a proibir a entrada do público nas reuniões da comissão. O pastor, por sua vez, admitiu, que, se houver tumulto, providências poderão ser tomadas para que a sessão possa continuar.
John Lennon
Feliciano teria se explicado sobre a polêmica frase de que o assassinato de John Lennon foi um castigo por ele ter comparado os Beatles a Jesus. Ele disse que essa frase foi dita há 14 anos, quando "era muito jovem".
Após a reunião, Feliciano criticou a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. A ministra disse que o deputado incita o "ódio". Ele disse desconhecer a ministra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Barros, que assinou moção de repúdio ao parlamentar. "A ministra Maria do Rosário falar mal de mim é um elogio. Uma pessoa que apoia o aborto falar mal de mim é um elogio. Não conheço a ministra da Igualdade Racial", diz.
Em parecer enviado ontem ao STF, a Procuradoria-Geral da República defendeu que a Corte aceite denúncia contra Feliciano pelo crime de discriminação.
Uma moção de apoio ao pastor foi aprovada ontem pela Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB).
Feliciano provocou o PT, admitindo renunciar, se os deputados José Genoino e João Paulo Cunha , condenados do mensalão, fizessem o mesmo FOTO: AG. BRASIL
Brasília. Após uma reunião de duas horas, em que líderes partidários pressionaram o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano (PSC-SP) a deixar o cargo, o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), admitiu que ele só perderá a função se quiser porque, do ponto de vista do regimento interno, não há o que fazer.
Feliciano provocou o PT, admitindo uma única vez que poderia concordar em renunciar, se os deputados petistas José Genoino (SP) e João Paulo Cunha (SP), condenados à prisão no julgamento do mensalão, também renunciassem a seus cargos na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
"Isso é provocação e não vou cair nessa provocação. Foi uma reunião de provocação, entendo assim. Fez bem o PSDB que não participou. Eu não deveria ter participado", afirmou o líder do PT, José Guimarães (PT-CE).
O líder do PSDB, Carlos Sampaio (SP) decidiu não participar da reunião sob o argumento de que não havia o que ser feito.
Henrique Alves afirmou que o deputado se comprometeu a parar de dar declarações polêmicas que agravem a situação.
Na reunião, o líder do PDT, André Figueiredo (CE) sugeriu a aprovação de projeto que inclua, entre as penas a serem aplicadas a deputados em caso de quebra de decoro parlamentar, a perda da presidência de comissões permanentes da Casa.
Apesar da pressão contra Feliciano, alguns líderes, como Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defenderam o deputado, que também teve apoio do PRB e do PMN. Alves reforçou que desautorizou Feliciano a proibir a entrada do público nas reuniões da comissão. O pastor, por sua vez, admitiu, que, se houver tumulto, providências poderão ser tomadas para que a sessão possa continuar.
John Lennon
Feliciano teria se explicado sobre a polêmica frase de que o assassinato de John Lennon foi um castigo por ele ter comparado os Beatles a Jesus. Ele disse que essa frase foi dita há 14 anos, quando "era muito jovem".
Após a reunião, Feliciano criticou a ministra Maria do Rosário, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. A ministra disse que o deputado incita o "ódio". Ele disse desconhecer a ministra da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Barros, que assinou moção de repúdio ao parlamentar. "A ministra Maria do Rosário falar mal de mim é um elogio. Uma pessoa que apoia o aborto falar mal de mim é um elogio. Não conheço a ministra da Igualdade Racial", diz.
Em parecer enviado ontem ao STF, a Procuradoria-Geral da República defendeu que a Corte aceite denúncia contra Feliciano pelo crime de discriminação.
Uma moção de apoio ao pastor foi aprovada ontem pela Convenção Geral das Assembleias de Deus do Brasil (CGADB).
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