terça-feira, 15 de janeiro de 2013


Ativista e programador de Internet Aaron Swartz se suicida aos 26 anos


autoridades no sábado.
A polícia encontrou o corpo de Swartz em seu apartamento em Brooklyn, Nova York, na sexta-feira, de acordo com uma porta-voz da divisão legista do município, que classificou o óbito como morte por asfixia.
Swartz é visto como um dos criadores das especificações do formato RSS 1.0 de Web, no qual ele trabalhou aos 14 anos, de acordo com texto postado em um blog no sábado por seu amigo, o escritor de ficção científica Cory Doctorow.
O RSS, ou Rich Site Summary, é um formato para permitir o acesso de usuários a conteúdo de sites que mudam constantemente, como páginas noticiosas e blogs.
Swartz se tornou um ícone da Web ao ajudar a tornar pública uma montanha de informações virtuais, entre as quais um total estimado em 19 milhões de páginas de documentos judiciais federais norte-americanos, num sistema de arquivo de processos.
"Informação é poder. E, como todo poder, há quem queira mantê-lo só para seu uso", escreveu Swartz em um "manifesto" online datado de 2008.
A crença de que a informação deve ser compartilhada e estar disponível para o bem da sociedade levou Swartz a fundar o grupo sem fins lucrativos DemandProgress.
O grupo liderou uma campanha bem-sucedida para bloquear um projeto de lei na Câmara dos Deputados dos EUA que teria permitido bloquear por meio de liminares o acesso a sites acusados de envolvimento em compartilhamento ilegal de propriedade intelectual.
Swartz e outros ativistas foram contrários, alegando que isso conferiria ao governo poder amplo demais de censura e repressão a comunicações online legítimas.
Mas Swartz foi indiciado em julho de 2011 por um júri federal pelo suposto roubo de milhões de artigos e publicações acadêmicas de um arquivo digital do Massachusetts Institute of Technology (MIT).
O indiciamento acusou Swartz de usar as redes do MIT para roubar mais de quatro milhões de arquivos do serviço de arquivo online e distribuição de jornais JSTOR. O JSTOR não apresentou queixa contra Swartz, depois que ele restituiu as cópias digitalizadas, de acordo com reportagens publicadas na época.
Swartz, que se declarou inocente de todas as acusações, estava sujeito a pena de até 35 anos de prisão e multa de um milhão de dólares, se condenado. Ele saiu da prisão sob fiança e o julgamento estava programado para começar no fim deste ano.

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