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Brasília - Em meio à rebelião de deputados do PMDB contra o governo, o senador Romero Jucá (RR) negou ontem a possibilidade de o partido deixar a base aliada da presidente Dilma Rousseff. O líder governista no Senado disse que o movimento de alguns deputados do PMDB, insatisfeitos com o espaço do partido no governo, não representa a maioria da sigla. "Vamos conversar e acalmar os ânimos. Existe uma disputa local, que já era esperada, mas a presidente não vai se envolver nessas disputas para preservar a base", afirmou. Jucá disse que vai conversar com Dilma na reunião de coordenação política do governo na próxima semana para discutir a situação do PMDB. "O governo não vai se envolver em políticas regionais." Com o aval do vice-presidente Michel Temer, o PMDB apresentou um manifesto de deputados contra a "hegemonia" do PT. Incomodado com a generosidade do governo para a construção de um palanque sólido para Fernando Haddad em São Paulo, os peemedebistas enviaram o texto ao Planalto na tarde de ontem. O estopim da crise foi a nomeação do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a Esplanada sem que Temer tivesse sido avisado da escolha. O líder negou que a escolha de Crivella para o Ministério da Pesca seja o ingresso de Dilma na disputa eleitoral de São Paulo para forçar o pré-candidato Celso Russomanno (PRB) a apoiar Haddad. "Não são os cargos que pautam esse debate. O Crivella vai ajudar no contato com o PRB e com outros partidos da base." O presidente do PRB, Marcos Pereira, disse que o partido não vai retirar a candidatura de Russomanno em prol de Haddad. Mas admitiu que a intenção é poupar o governo federal de ataques durante a campanha à Prefeitura de São Paulo --o que beneficia diretamente o petista. "O partido é pequeno, só posso crescer se disputar a eleição. Mas não vamos nacionalizar a eleição", afirmou. (Folhapress) |
sábado, 3 de março de 2012
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