sábado, 17 de março de 2012

Geração de empregos cresce 4% no 1º bimestre deste ano


Celso Vilela disse que a alta no setor de serviços pesou no índice
O saldo da geração de empregos formais em Uberlândia foi 4% maior no primeiro bimestre de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em janeiro e fevereiro deste ano, o município teve o saldo de 2.039 empregos gerados, enquanto no mesmo período de 2011 foram preenchidas 1.963 novas vagas de trabalho, ou seja, uma diferença de 76 (4%). Com 1.436 novos postos de emprego, o setor de serviços foi o principal responsável pelo saldo positivo no primeiro bimestre de 2012, seguido pela construção civil, com 615 novos empregos.
Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Uberlândia, Celso Vilela Guimarães, o crescimento da geração de empregos no setor de serviços nesse período foi motivado pela demanda que a cidade tem produzido. “O desenvolvimento do município e as condições de capacitação têm provocado essa necessidade. Atraindo mais pessoas, cresce a demanda por serviço e por mão de obra”, afirmou.
Já em fevereiro deste ano, apesar do saldo positivo no primeiro bimestre verificado em Uberlândia, o saldo de geração de empregos apresentou queda de 39% em relação ao mesmo período de 2011. Foram 1.005 novos postos de emprego em fevereiro do ano passado ante 612 no mesmo mês de 2012. Também em fevereiro deste ano, Uberlândia foi a quinta maior geradora de novos postos de emprego no Estado. Belo Horizonte liderou o ranking, com o saldo de 6.651 novos postos de trabalho.

Indústria gera queda em fevereiro

O setor de indústria da transformação foi o principal responsável pela queda do saldo de geração de empregos formais em Uberlândia em fevereiro deste ano, com o saldo de -201 postos de trabalho em fevereiro de 2012 contra o saldo positivo de 210 no mesmo mês no ano passado. O resultado representa queda de 192%.
De acordo com o presidente de uma empresa de produtos de limpeza e cosméticos – do setor de serviços -, Fábio Pergher, situada no Distrito Industrial, zona norte da cidade, uma das justificativas para a queda é a demissão de funcionários terceirizados. “Empresas que contrataram terceiros em janeiro dispensaram muitas pessoas no mês seguinte e reforçaram esse índice”, afirmou.
O presidente da Fiemg regional, Pedro Lacerda, disse que, devido à crise mundial, empresas ligadas à economia global de setores como o de serviços não ampliaram seus investimentos, o que reforçou esta queda. “A crise europeia tem mexido com a economia regional. São necessárias medidas que diminuam esse desaquecimento”, afirmou.

Minas Gerais tem redução de 42%

A queda no saldo de geração de empregos formais registrada no mês de fevereiro em Uberlândia foi menor que a de Minas Gerais, que apresentou decréscimo de 42% no número de novos postos de trabalho, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em fevereiro de 2012 foram 21.031 novos postos diante de 36.053 gerados no mesmo período do ano passado no Estado.
O setor que teve o pior resultado em Minas foi o comércio, com o fechamento de 1.824 vagas de emprego. Apesar da queda, o desempenho de Minas foi o segundo maior da região Sudeste e do país. O Estado foi superado por São Paulo.

País tem o pior índice desde 2009

O saldo de geração de empregos no país no mês de fevereiro deste ano também apresentou queda. Foi registrado um decréscimo de 46%, baixa maior que a registrada em Uberlândia (39%) e que a verificada em Minas Gerais (42%). Neste ano foram 150,6 mil novos postos de trabalho em comparação a 280.799 no mesmo período de 2011, ou seja, o saldo de criação de empregos no Brasil caiu quase pela metade.
O resultado foi o pior para o mês desde 2009, quando foram gerados 47.807 postos de trabalho. No país, o comércio foi o setor que apresentou o pior resultado, com 6.645 vagas de emprego fechadas.

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