Na sessão plenária desta quinta-feira (11), parlamentares falaram sobre falta de estrutura das polícias e crescimento da insegurança.
A deputada Márcia Maia (PSB) e o deputado Kelps Lima (Solidariedade) fizeram pronunciamento em que destacaram a violência no Rio Grande do Norte. Na sessão plenária desta quinta-feira (11), a deputada Márcia, por exemplo, citou dados do Mapa da Violência e também do Relatório Global sobre a Prevenção da Violência, da ONU, divulgado esta semana.
O relatório da ONU coletou dados de 133 países. A pesquisa incluiu o Brasil, atingindo cerca de 6,1 bilhões de pessoas, representando 88% da população do mundo, no ano de 2012 e será entregue aos governos de cada país para ajudar a identificar as lacunas existentes e incentivar e orientar a implementação de ações.
Com relação ao RN, os dados já divulgados anteriormente pelo IBGE apontam que o Estado lidera o ranking de mortalidade de jovens entre 15 e 24 anos. “O RN tem mais mortes de causa violenta nesse perfil. Estamos no topo das mortes violentas entre os jovens, à frente da Bahia e de Sergipe”, afirmou Márcia Maia.
A parlamentar disse que o RN protagoniza um “verdadeiro banho de sangue diário” e teceu críticas à atual administração: “Em nenhuma gestão foi dessa forma. Somos protagonistas de uma crise, mas não é justificativa para que fiquemos inertes. Além disso, aqui é o contrário do restante do mundo, que está reduzindo seus índices”.
Já o alto índice de violência na cidade de Mossoró foi destacado hoje pelo deputado Kelps Lima (SD), o que considerou inaceitável, afirmando que o problema não é só de polícia, mas de gestão. De acordo com ele, a violência está tão grande que acontece uma morte por dia.
“Ontem o número de assassinatos registrados na segunda maior cidade do Estado era 180. Hoje esse número já se elevou para 181. Mossoró está passando por uma situação de violência nunca vista em toda a sua história. Tem gente morrendo todos os dias vítima da violência que impera na cidade”, afirmou.
De acordo com Kelps Lima a solução para a onda de violência não é resolvida só com a colocação do bandido na cadeia, pois ele não vai para lá sozinho. “Passa pela polícia preventiva, Polícia Militar e Polícia Civil. O Judiciário precisa do trabalho da polícia investigativa para poder julgar e punir quem comete delito. A sociedade precisa ter a certeza de que aquele que cometeu um crime, foi julgado, está preso e assim vai ficar cumprindo a sua pena. O ciclo se completa quando se salva aqueles que depois de cumprirem sua pena estão em condições de ressocialização”, disse.
*Portal BO
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